Benefícios do INSS para Doença de Wilson

A Doença de Wilson é uma condição rara que pode comprometer fígado, cérebro e outros órgãos, trazendo limitações importantes para o dia a dia. O INSS prevê benefícios específicos para quem enfrenta essa doença.

Imagem representando Doença de Wilson.

Benefícios do INSS para Doença de Wilson

Receber o diagnóstico de Doença de Wilson costuma trazer dúvidas sobre trabalho, renda e direitos.

Este guia explica, de forma simples e direta, como o INSS pode amparar você por meio de benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e BPC-LOAS.

Mostramos quando cada um se aplica, quais documentos são necessários e como funciona a perícia.

Siga a leitura para entender, passo a passo, qual benefício pode ser o mais adequado ao seu caso e como solicitá-lo corretamente.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Quem tem Doença de Wilson pode pedir benefícios do INSS?

Quem é diagnosticado com Doença de Wilson pode pedir benefícios do INSS sempre que a enfermidade comprometer a capacidade de trabalho ou a vida independente.

Essa condição rara, de origem genética, provoca acúmulo de cobre no organismo e pode afetar fígado, cérebro e outros órgãos, gerando limitações físicas e cognitivas.

O acesso aos benefícios está previsto na Lei 8.213/1991, que regula os benefícios previdenciários, e na Lei 8.742/1993 (LOAS), que institui a assistência social.

A legislação deixa claro que todo segurado que comprovar incapacidade para o trabalho tem direito a requerer apoio do INSS, seja em forma de benefícios temporários, permanentes ou assistenciais.

Para ter acesso, é fundamental apresentar documentos médicos completos, como laudos, exames de imagem e relatórios de especialistas.

Esses documentos devem mostrar não apenas o diagnóstico, mas também de que forma a doença limita as atividades laborais ou a vida cotidiana.

O perito do INSS analisará essas provas, e a decisão dependerá da clareza com que a incapacidade for demonstrada.

Buscar o benefício logo que surgirem os primeiros sinais de limitação é essencial. A demora pode trazer prejuízos financeiros e comprometer o direito de receber valores desde o início da incapacidade.

Auxílio-doença para Doença de Wilson

O auxílio-doença é o benefício voltado ao segurado que não consegue trabalhar temporariamente por mais de 15 dias consecutivos.

Quando a Doença de Wilson gera sintomas como tremores, dificuldade de coordenação, fadiga extrema ou comprometimento do fígado, isso pode justificar o afastamento temporário.

De acordo com a Lei 8.213/1991, artigo 59, o auxílio-doença exige que a pessoa mantenha a qualidade de segurado e, em regra, tenha pelo menos 12 contribuições mensais.

Existem exceções: em caso de acidente ou doenças previstas em lei, a carência pode ser dispensada.

O processo envolve perícia médica do INSS. O perito avaliará os laudos e verificará se realmente existe incapacidade temporária.

Por isso, é importante apresentar relatórios médicos detalhados, mostrando o impacto da doença no dia a dia.

Esse benefício não é definitivo. Ele dura enquanto houver incapacidade temporária.

Após esse período, o segurado pode voltar ao trabalho ou, se não houver recuperação, poderá ter o auxílio convertido em outro benefício mais duradouro, como a aposentadoria por invalidez.

Auxílio-acidente para Doença de Wilson

O auxílio-acidente funciona de maneira diferente do auxílio-doença. Ele é pago quando, depois de um tratamento ou afastamento, restam sequelas permanentes que reduzem a capacidade de trabalho, mesmo que a pessoa consiga continuar exercendo alguma atividade.

Embora seja mais comum em casos de acidentes ou doenças profissionais, também pode ser aplicado em situações clínicas como a Doença de Wilson, desde que fique comprovado que as sequelas afetam de forma definitiva a capacidade laboral.

Tremores, rigidez muscular ou danos neurológicos irreversíveis, por exemplo, podem caracterizar esse quadro.

De acordo com o artigo 86 da Lei 8.213/1991, o auxílio-acidente tem caráter indenizatório e é pago como complemento ao salário até a aposentadoria.

Isso significa que o beneficiário pode continuar trabalhando e, ao mesmo tempo, receber o valor.

Para quem convive com a Doença de Wilson, esse benefício pode ser relevante quando a doença não incapacita totalmente, mas reduz a produtividade ou impede atividades que exigem precisão física e mental.

BPC LOAS para Doença de Wilson

O BPC LOAS é um benefício assistencial destinado a pessoas com deficiência ou idosos em situação de vulnerabilidade social.

A Doença de Wilson pode dar direito a esse benefício quando gera limitações de longo prazo que afetam a participação plena na sociedade e na vida laboral.

A regulamentação está na Lei 8.742/1993, que exige dois requisitos principais:

imagem explicativa sobre BPC LOAS para Doença de Wilson.

BPC LOAS para Doença de Wilson

O BPC não exige contribuição ao INSS, por isso é uma alternativa para quem nunca conseguiu contribuir ou perdeu a qualidade de segurado.

O valor corresponde a um salário mínimo mensal, mas não gera direito a 13º salário nem pensão por morte.

Para a Doença de Wilson, o BPC é especialmente importante em famílias que não possuem condições de sustento.

A comprovação envolve tanto documentos médicos como a análise da situação socioeconômica feita por assistentes sociais do INSS.

É essencial agir com rapidez: a atualização do Cadastro Único e a apresentação correta dos documentos são determinantes para evitar atrasos no processo.

Aposentadoria por invalidez para Doença de Wilson

A aposentadoria por invalidez é destinada ao segurado que não pode mais exercer atividade laboral de forma definitiva. Nos casos de Doença de Wilson, isso pode ocorrer quando há evolução grave da enfermidade, com comprometimento neurológico ou hepático que torne impossível manter qualquer trabalho.

Segundo a Lei 8.213/1991, artigo 42, esse benefício exige a comprovação de incapacidade total e permanente.

Assim como no auxílio-doença, em regra, é necessário ter pelo menos 12 contribuições, mas esse requisito pode ser afastado em situações graves.

O processo é rigoroso: o INSS realiza perícia médica periódica para confirmar a continuidade da incapacidade. O segurado deve apresentar exames, relatórios e acompanhar o tratamento.

Em alguns casos, a Justiça também já reconheceu a concessão do benefício quando o INSS negou administrativamente, desde que a incapacidade estivesse bem comprovada.

A aposentadoria por invalidez garante um valor mensal e pode incluir adicionais, como o acréscimo de 25%, previsto no artigo 45 da Lei 8.213/1991, para quem precisa de assistência permanente de terceiros.

Isso é comum em casos em que o paciente depende de cuidadores devido às limitações motoras ou cognitivas.

Qual o melhor benefício do INSS para Doença de Wilson?

O melhor benefício para quem tem Doença de Wilson vai depender da situação específica de cada pessoa.

Se a incapacidade for temporária, o mais adequado costuma ser o auxílio-doença.

Quando restam sequelas permanentes, o auxílio-acidente pode ser a solução. Em casos de incapacidade total e definitiva, a escolha correta é a aposentadoria por invalidez.

Para pessoas em situação de vulnerabilidade social, sem contribuições ou com renda muito baixa, o caminho pode ser o BPC LOAS.

Não existe resposta única. O que define a escolha são os laudos médicos, o histórico de contribuições e a situação socioeconômica da família.

Por isso, é essencial buscar orientação logo nos primeiros sinais de incapacidade. A demora pode gerar perda de renda e comprometer a estabilidade financeira.

Cada benefício tem requisitos próprios e prazos diferentes. A perícia médica do INSS exige documentos bem fundamentados e, muitas vezes, relatórios complementares.

Quanto mais completa for a documentação, maiores são as chances de sucesso no pedido.

O acompanhamento por um advogado previdenciário ajuda a identificar o benefício mais adequado e a preparar o processo de forma correta, reduzindo riscos de indeferimento e garantindo que você não perca prazos importantes.

Comparativo rápido: quando cada benefício se aplica
Situação Benefício indicado
Incapacidade temporária para o trabalho auxílio-doença
Sequelas permanentes com redução da capacidade auxílio-acidente
Incapacidade total e definitiva aposentadoria por invalidez
Renda familiar baixa e limitação de longo prazo BPC LOAS

 Dica prática: leve à perícia laudos atualizados e descreva limitações no trabalho e na vida diária. 

Um recado final para você!

Imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema “Benefícios do INSS para Doença de Wilson” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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