Aposentadoria do jogador de futebol: como funciona?

Como funciona a aposentadoria do jogador de futebol? Entenda os direitos e como garantir o benefício após uma carreira no esporte.

Imagem representando aposentadoria do jogador de futebol.

Como funciona a aposentadoria do jogador de futebol?

O futebol é paixão nacional, mas também profissão. Enquanto a torcida enche estádios, o jogador vive uma rotina intensa de treinos, viagens e competições.

Essa carreira, porém, costuma ser curta e levanta dúvidas: como funciona a aposentadoria para quem dedica a vida ao esporte?

Ao contrário do que muitos pensam, o fim da carreira esportiva não gera aposentadoria automática. O jogador precisa contribuir para o INSS, assim como qualquer trabalhador.

O benefício só será concedido quando ele cumprir os requisitos de idade, tempo de contribuição e carência.

Entender como cada período da carreira pode ser aproveitado é essencial.

Planejar e organizar documentos faz diferença, porque o INSS exige provas de vínculos, contratos e contribuições. É isso que garante a contagem correta do tempo e o valor do benefício.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Como funciona a aposentadoria do jogador de futebol?

O jogador segue as mesmas regras do INSS aplicadas aos demais segurados: ele pode se aposentar por idade, por tempo de contribuição (quando enquadrado nas regras de transição), por invalidez ou em outras hipóteses previstas em lei.

O cálculo leva em conta os salários de contribuição registrados ao longo da carreira.

Isso é importante porque muitos atletas, mesmo que tenham alcançado períodos de remuneração elevada, ficam sujeitos ao teto previdenciário.

Isso significa que o benefício nunca ultrapassa o valor máximo pago pelo INSS, independentemente do quanto o jogador ganhou no auge da carreira.

Outro ponto que merece destaque é que os jogadores podem acumular tempo de contribuição de diferentes formas.

Quem começou a carreira cedo e depois migrou para outra atividade remunerada pode somar esses períodos para completar os requisitos necessários.

O jogador de futebol tem direito à aposentadoria especial?

Atualmente, o jogador não tem direito automático à aposentadoria especial.

Apesar do desgaste físico da profissão, a lei não inclui os atletas nesse tipo de benefício. Eles se aposentam pelas regras gerais, como qualquer trabalhador.

No entanto, existem projetos de lei em tramitação, como o PL 279/2015, de autoria do senador Romário. A proposta reconhece que a atividade esportiva profissional causa esforço intenso e pode justificar regras diferenciadas.

Esse texto já avançou no Senado, mas ainda não virou lei.

Enquanto não houver aprovação, a aposentadoria especial para atletas permanece apenas como possibilidade futura.

Até lá, os jogadores precisam planejar sua vida previdenciária dentro das normas já existentes.

O jogador de futebol pode se aposentar antes da idade mínima?

Em regra, não. A aposentadoria por idade exige 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de tempo mínimo de contribuição.

Já a aposentadoria por tempo de contribuição foi praticamente extinta, restando só as regras de transição.

Como a carreira esportiva termina cedo, muitos atletas param de jogar bem antes de ter direito ao benefício.

Isso obriga o jogador a seguir contribuindo em outras atividades até alcançar a idade e o tempo necessários para se aposentar.

A única exceção é quando ocorre incapacidade permanente.

Se uma lesão ou doença impede o trabalho, o jogador pode solicitar aposentadoria por invalidez. Fora isso, a antecipação da aposentadoria depende de mudança na lei.

Quais são os requisitos para a aposentadoria do jogador de futebol?

O principal requisito é ter contribuído para o INSS.

Para ter direito, é essencial ter contribuído ao INSS.

O que é necessário para um jogador de futebol se aposentar?

Quem tem vínculo formal com clube já tem esse desconto na folha, mas em períodos sem contrato o próprio jogador deve recolher como contribuinte individual. Sem contribuição, o tempo não é contado.

Além disso, é preciso cumprir a carência de 180 contribuições mensais.

Para os homens, a regra exige pelo menos 20 anos de recolhimentos; para as mulheres, 15 anos. E claro: também é necessário atingir a idade mínima exigida.

Outro ponto é a comprovação da atividade. O INSS só reconhece períodos se houver documentos como contratos, registros em federações ou carteira de trabalho.

Sem provas consistentes, há risco de o tempo de carreira não ser considerado.

O tempo de carreira do jogador de futebol conta para a aposentadoria?

Sim, conta, desde que haja contribuição. Não basta ter atuado como profissional, é preciso comprovar recolhimento previdenciário no período.

Isso vale tanto para contratos formais quanto para contribuições feitas individualmente.

O problema surge quando o clube não recolhe ou quando o jogador atua de forma informal.

Nesses casos, o tempo não aparece no CNIS e pode ser necessário provar por meio de documentos adicionais, como recibos, certidões e registros em federações.

Esse tempo também pode ser somado a outras atividades. Muitos ex-jogadores seguem em profissões diferentes e juntam todos os períodos para atingir os requisitos da aposentadoria.

O segredo está em manter o histórico bem documentado.

O jogador de futebol precisa contribuir para o INSS durante a carreira?

Sim, e essa contribuição é obrigatória.

Se o atleta tem carteira assinada por um clube, a contribuição é automática: parte é descontada do salário e parte é paga pelo empregador. Esse período entra direto no histórico do INSS.

Se não há vínculo formal, o jogador precisa se registrar como contribuinte individual. Nesse caso, ele mesmo paga mensalmente a guia de recolhimento. É a única forma de garantir que o tempo seja contado no futuro.

Sem contribuição, não há direito à aposentadoria, e muitos atletas só descobrem isso tarde demais ao perceberem lacunas em seus históricos.

Resolver essas falhas pode ser possível, mas é mais trabalhoso e exige orientação jurídica.

Quais documentos o jogador de futebol precisa para ter aposentadoria?

Além dos documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de residência, o atleta deve apresentar provas de sua carreira.

Isso inclui carteira de trabalho, contratos com clubes, registros em federações e certidões da CBF ou entidades estaduais.

Outro documento essencial é o CNIS, que mostra todas as contribuições feitas ao INSS.

Caso haja falhas no cadastro, é preciso complementá-lo com contracheques, recibos de salário ou guias de recolhimento.

Esses documentos fortalecem o pedido.

Se o atleta pretende pedir aposentadoria por invalidez, laudos médicos também são necessários.

Já quem atuou no exterior deve apresentar certidões que comprovem contribuições em outros países, desde que haja acordo previdenciário com o Brasil.

Como cada caso tem suas particularidades, contar com apoio jurídico ajuda a organizar essa documentação e evitar que detalhes importantes sejam esquecidos.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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