João não conseguia trabalhar por diabetes, como resolver?
João passou meses tentando esconder a verdade: a diabetes já não deixava ele trabalhar como antes. Se você vive algo parecido, precisa saber que existe saída!
João sempre trabalhou e nunca imaginou que a diabetes pudesse, aos poucos, limitar sua capacidade de seguir na mesma rotina.
As crises ficaram mais frequentes, o rendimento caiu e o medo de perder a renda passou a fazer parte do dia a dia.
Situações como essa são mais comuns do que parecem e levantam uma dúvida legítima: o que fazer quando a doença começa a impedir o trabalho?
Este artigo foi pensado justamente para orientar você que enfrenta esse cenário ou convive com alguém nessa situação.
Continue a leitura e entenda como lidar com a incapacidade causada pela diabetes de forma segura e informada.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que fazer se a diabetes te incapacita pro trabalho?
Se a diabetes te incapacita pro trabalho, você deve buscar imediatamente comprovação médica e avaliar se a sua condição realmente impede o exercício da atividade profissional.
Quando a diabetes passa a causar limitações físicas ou cognitivas, como hipoglicemias frequentes, perda de visão, neuropatia, cansaço extremo ou dificuldade de concentração, a lei não exige que você continue trabalhando a qualquer custo.
Na prática, o primeiro passo é procurar o médico que acompanha seu tratamento e relatar, de forma clara, como a doença impacta o seu trabalho. Não basta dizer que você tem diabetes.
É preciso demonstrar que ela gera incapacidade laboral, ainda que temporária. Imagine, por exemplo, um trabalhador que dirige longas distâncias e passa a ter crises súbitas de hipoglicemia.
Mesmo que ele “consiga” ir ao trabalho, o risco envolvido já é suficiente para justificar o afastamento.
Com essa documentação em mãos, você deve avaliar a solicitação de um benefício por incapacidade junto ao INSS. A Lei nº 8.213/91, que rege os benefícios previdenciários, protege o segurado que fica temporária ou permanentemente incapaz de trabalhar.
Ignorar os sinais e adiar essa decisão pode gerar prejuízos financeiros e dificultar a comprovação futura da incapacidade.
Você pode pedir benefícios do INSS por ter diabetes?
Sim, você pode pedir benefícios do INSS se a diabetes causar incapacidade para o trabalho, mas é importante entender o critério legal. A legislação brasileira não concede benefícios pelo simples diagnóstico da doença.
O que o INSS analisa é se existe incapacidade comprovada, nos termos do art. 59 e do art. 42 da Lei nº 8.213/91.
Na prática, isso significa que duas pessoas com diabetes podem ter situações completamente diferentes. Uma consegue trabalhar normalmente com medicação e acompanhamento médico.
A outra, apesar do tratamento, enfrenta complicações graves que impedem o exercício da profissão. Apenas essa segunda situação gera direito ao benefício.
João, por exemplo, tentou insistir no trabalho por meses. Mas, com faltas recorrentes e queda de produtividade, começou a receber advertências.
Esse é um cenário comum. Muitas vezes, o trabalhador só percebe a gravidade quando o vínculo profissional já está ameaçado.
Agir antes disso é essencial, pois a incapacidade deve ser analisada enquanto você ainda mantém a qualidade de segurado, evitando lacunas que podem dificultar o acesso ao benefício.
Qual benefício solicitar no INSS em razão da diabetes?
Você deve solicitar o benefício compatível com o grau e a duração da incapacidade causada pela diabetes. Existem três possibilidades principais, e a escolha correta faz diferença no resultado do pedido.
Quando a incapacidade é temporária, o caminho adequado é o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Ele é devido quando você não consegue trabalhar por um período, mas ainda há expectativa de melhora com tratamento e acompanhamento médico. É comum em fases de descompensação da diabetes ou após complicações agudas.
Se a diabetes evoluiu para um quadro irreversível, com limitações definitivas, como perda significativa da visão, insuficiência renal avançada ou neuropatia incapacitante, pode ser cabível a aposentadoria por incapacidade permanente.
Nesse caso, o INSS avalia se não há possibilidade real de reabilitação para outra atividade.
Há ainda situações em que a pessoa não contribui mais para o INSS ou nunca contribuiu.
Nesses casos, se a diabetes gera impedimentos de longo prazo e a família vive em baixa renda, pode ser analisado o BPC LOAS, previsto na Lei nº 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social). Aqui, o foco não é contribuição, mas vulnerabilidade social e deficiência funcional.
Escolher o benefício errado é um erro comum e pode gerar indeferimentos desnecessários, atrasando a proteção que você precisa.
Quais documentos mostrar no INSS para a diabetes?
Você deve apresentar documentos médicos completos e coerentes, que demonstrem a relação direta entre a diabetes e a incapacidade para o trabalho. O INSS não analisa apenas exames isolados, mas o conjunto das informações.
Em geral, são essenciais:
▸Laudos médicos detalhados, com diagnóstico, CID, histórico da doença e limitações funcionais.
▸Relatórios recentes explicando por que você não consegue exercer sua atividade profissional.
▸Exames complementares, como exames de glicemia, relatórios oftalmológicos ou neurológicos, quando houver complicações.
▸Atestados médicos indicando afastamento do trabalho e tempo estimado de incapacidade.
Além disso, você deve apresentar documentos pessoais e previdenciários, como CPF, documento de identidade, carteira de trabalho e histórico de contribuições. Um erro frequente é levar apenas exames técnicos, sem explicação médica clara.
O perito não interpreta exames sozinho; ele analisa o impacto da doença na sua rotina de trabalho.
Organizar essa documentação com antecedência aumenta significativamente as chances de uma análise adequada e evita decisões baseadas em informações incompletas.
A diabetes precisa de perícia médica para ter benefício?
Sim, a perícia médica do INSS é obrigatória para a concessão de qualquer benefício por incapacidade. A lei exige que um médico-perito avalie se a diabetes realmente impede você de trabalhar e em que grau. Sem essa etapa, o benefício não é concedido.
Na perícia, você deve explicar, de forma objetiva, como a doença afeta seu dia a dia profissional.
Não é o momento de minimizar sintomas por medo ou vergonha. Se você tem crises que impedem concentração, se precisa interromper atividades com frequência ou se corre riscos no exercício da função, isso deve ser dito com clareza.
Muitos indeferimentos ocorrem porque o segurado não consegue traduzir sua realidade para o perito.
Por exemplo, dizer apenas “tenho diabetes” raramente é suficiente. Já explicar que você sofre quedas bruscas de glicemia durante o expediente, colocando sua segurança e a de terceiros em risco, muda completamente a análise.
Caso o benefício seja negado, ainda existem caminhos administrativos e judiciais. Mas quanto mais bem preparado você estiver desde a primeira perícia, menores são os atrasos e desgastes.
Por tanto, conviver com a diabetes e, ao mesmo tempo, lidar com insegurança financeira é uma realidade dura. A legislação existe para proteger você nesses momentos, mas ela exige provas, estratégia e atuação no tempo certo.
Buscar orientação jurídica especializada permite analisar o benefício adequado, organizar documentos e evitar erros que podem custar meses, ou até anos, de espera quando a proteção é mais necessária.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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