Fibromialgia aposenta? Quem tem direito e qual o valor 2025?
A rotina de quem convive com dores não é simples. Veja se a fibromialgia aposenta e quais provas o INSS exige para reconhecer o direito.
A fibromialgia é uma condição que vai muito além da dor: ela afeta a qualidade de vida, a rotina e, em muitos casos, a capacidade de trabalhar.
Por isso, uma dúvida frequente entre quem convive com a doença é se a fibromialgia dá direito à aposentadoria.
A resposta não é simples, mas envolve critérios médicos, jurídicos e previdenciários que precisam ser bem compreendidos.
Neste artigo, você vai entender se a fibromialgia aposenta, quais os requisitos exigidos pelo INSS, como comprovar a incapacidade e qual o valor do benefício.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é fibromialgia e o que causa?
- Quem tem fibromialgia tem direito a algum benefício?
- Fibromialgia dá direito à aposentadoria?
- Qual o CID da fibromialgia que dá direito à aposentadoria?
- O que precisa para se aposentar com fibromialgia?
- Como provar para o INSS que tem fibromialgia?
- Como comprovar a incapacidade por fibromialgia?
- Como devo me preparar para a perícia médica para fibromialgia?
- Quanto tempo o INSS afasta por fibromialgia?
- Qual o valor da aposentadoria por fibromialgia?
- Preciso de advogado para me aposentar por fibromialgia?
- Conclusão
- Um recado final para você!
- Autor
O que é fibromialgia e o que causa?
A fibromialgia é uma síndrome de dor crônica generalizada, que pode atingir músculos, tendões e ligamentos.
É uma condição não inflamatória, classificada sob o CID M79.7, que afeta, principalmente, mulheres entre 30 e 60 anos, mas também pode atingir homens e jovens.
Os sintomas de fibromialgia envolvem dores constantes pelo corpo, fadiga extrema, distúrbios do sono, formigamentos, dores de cabeça, depressão e dificuldade de concentração.
As causas não são completamente conhecidas, mas acredita-se que estejam relacionadas a uma disfunção no processamento da dor pelo sistema nervoso central, associada a fatores genéticos, traumas físicos ou emocionais, estresse e doenças autoimunes.
A doença fibromialgia aposenta quando esses sintomas se tornam incapacitantes e impedem a pessoa de exercer sua atividade profissional habitual ou qualquer outra, o que será analisado caso a caso.
Quem tem fibromialgia tem direito a algum benefício?
Sim, quem tem fibromialgia pode ter direito a benefícios previdenciários ou assistenciais, desde que consiga comprovar que a síndrome afeta sua capacidade de trabalhar.
A depender da situação, é possível receber auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez) ou, para quem nunca contribuiu ou está em situação de vulnerabilidade, o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).
Esses benefícios são analisados individualmente, com base na documentação médica apresentada e na perícia realizada pelo INSS.
Assim, a fibromialgia aposenta pelo INSS, ou dá direito ao BPC LOAS, desde que haja incapacidade total e, no caso da aposentadoria, também permanente.
Fibromialgia dá direito à aposentadoria?
Sim, a fibromialgia pode levar à aposentadoria por invalidez, também chamada de aposentadoria por incapacidade permanente.
Isso ocorre quando os sintomas são tão graves que impedem a pessoa de exercer qualquer tipo de trabalho de forma definitiva.
A condição precisa ser comprovada com laudos médicos e avaliação pericial do INSS.
Importante lembrar que a Lei nº 8.213/1991, em seu artigo 42, prevê que o benefício é concedido a quem for considerado incapaz de forma total e permanente para o trabalho e que não possa ser reabilitado para outra função.
Não basta apenas o diagnóstico da doença: é necessário demonstrar que ela impede, na prática, a capacidade de gerar renda.
Qual o CID da fibromialgia que dá direito à aposentadoria?
O Código Internacional de Doenças (CID) da fibromialgia é M79.7. Esse código deve constar nos laudos médicos apresentados ao INSS, pois ele identifica o diagnóstico da condição.
No entanto, é essencial destacar que o CID, por si só, não garante o direito à aposentadoria ou ao auxílio.
A perícia médica irá considerar a intensidade dos sintomas, os impactos funcionais da doença no dia a dia e a impossibilidade de reinserção no mercado de trabalho.
O que precisa para se aposentar com fibromialgia?
Para se aposentar com fibromialgia, você precisa preencher três requisitos essenciais:
Primeiro, é necessário comprovar a incapacidade total e permanente para qualquer atividade profissional.
Isso deve ser feito com base em relatórios e exames médicos, de preferência emitidos por especialistas como reumatologistas, neurologistas ou psiquiatras.
Segundo, é preciso ter a qualidade de segurado, ou seja, estar com as contribuições em dia no INSS ou dentro do chamado período de graça, que varia entre 3 e 36 meses após a última contribuição.
Por fim, deve-se cumprir o período de carência, que normalmente é de 12 contribuições mensais.
Essa exigência pode ser afastada se houver vínculo com doença ocupacional, agravamento de doença preexistente ou, futuramente, com eventual aprovação de leis que incluam a fibromialgia no rol das doenças que isentam a carência.
Como provar para o INSS que tem fibromialgia?
Para provar ao INSS que você tem fibromialgia, é preciso apresentar documentação médica robusta e coerente.
O ideal é reunir laudos que demonstrem o diagnóstico com base nos critérios da Sociedade Brasileira de Reumatologia, indicando pontos dolorosos, tratamentos realizados, medicamentos prescritos e evolução dos sintomas.
Além disso, os relatórios devem descrever claramente como a doença impacta sua vida funcional.
Caso você esteja sendo acompanhado por médico especialista, isso fortalece sua solicitação.
Quanto mais completa for a documentação, maiores são as chances de êxito na perícia.
Como comprovar a incapacidade por fibromialgia?
A comprovação da incapacidade exige um conjunto de evidências. Como a fibromialgia não aparece em exames de imagem ou laboratoriais.
A perícia médica do INSS se baseia principalmente na análise clínica dos sintomas e na documentação apresentada.
Portanto, além dos relatórios, você deve demonstrar que, apesar do tratamento contínuo, a condição persiste e impede a realização de qualquer trabalho.
Isso pode incluir prescrições médicas de uso contínuo, tentativas de reabilitação frustradas e até mesmo declarações de empregadores, se houver.
A Súmula 47 da TNU reforça que o juiz deve analisar não apenas a existência da doença, mas também as condições pessoais e sociais do segurado, como idade, escolaridade, tipo de atividade profissional e possibilidade real de reabilitação.
Como devo me preparar para a perícia médica para fibromialgia?
A preparação para a perícia médica deve ser levada com seriedade, pois é nesse momento que o perito do INSS analisará se há incapacidade para o trabalho.
Reúna toda a documentação médica, incluindo laudos atualizados, exames, receitas e histórico de tratamentos.
Durante a entrevista, seja claro e objetivo ao explicar como a doença afeta sua rotina. Evite exageros, mas também não minimize os sintomas.
Se possível, leve um relatório médico direcionado ao perito, descrevendo sua limitação funcional e recomendando o afastamento ou aposentadoria, se for o caso.
Lembre-se: o perito não está lá para dar um diagnóstico, e sim para avaliar a sua capacidade laboral.
Quanto tempo o INSS afasta por fibromialgia?
O tempo de afastamento concedido pelo INSS depende da análise individual do caso.
Em situações em que a incapacidade é considerada temporária, o segurado pode ser afastado por períodos que variam de 30 dias a vários meses, com possibilidade de prorrogação.
Se for constatado que a incapacidade é permanente, o benefício pode ser convertido em aposentadoria por invalidez.
Há casos em que a pessoa é afastada várias vezes e, ao longo do tempo, passa a receber o benefício permanente.
É importante agir com urgência: quanto mais cedo você reúne documentação adequada e solicita avaliação, menor o risco de indeferimentos ou atrasos que prejudiquem sua renda.
Qual o valor da aposentadoria por fibromialgia?
O valor da aposentadoria por fibromialgia segue as regras da aposentadoria por incapacidade permanente, conforme a Reforma da Previdência.
A base de cálculo é de 60% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, com acréscimo de 2% para cada ano que exceder 20 anos de contribuição (homens) ou 15 anos (mulheres).
Por exemplo, um homem com 25 anos de contribuição teria direito a 70% da média salarial.
A regra é menos vantajosa do que a antiga, em que o valor era 100% da média dos maiores salários (regra do direito adquirido antes da reforma, quando aplicável).
Se a incapacidade for consequência de acidente de trabalho ou doença ocupacional, a regra muda: o valor pode ser de 100% da média salarial.
Preciso de advogado para me aposentar por fibromialgia?
Embora não seja obrigatório, contar com um advogado previdenciário é altamente recomendável.
Um profissional da área vai saber analisar sua documentação, identificar erros comuns que levam ao indeferimento e indicar o caminho mais seguro para buscar seus direitos.
Além disso, se o pedido for negado, o advogado pode orientar a melhor forma de recorrer administrativamente ou ajuizar ação judicial, sempre respeitando os prazos e procedimentos legais.
Muitas vezes, quem tenta sozinho passa anos sem conseguir um benefício que teria direito se tivesse recebido orientação adequada desde o início.
A fibromialgia aposenta pelo INSS, sim, mas o processo exige técnica, estratégia e provas bem construídas.
E em casos de artrite reumatoide e fibromialgia, a combinação das doenças pode fortalecer ainda mais o pedido, desde que bem fundamentado.
Conclusão
Se você chegou até aqui buscando saber se quem tem fibromialgia aposenta, saiba que a resposta é sim, desde que a incapacidade seja total e permanente e que os requisitos legais estejam cumpridos.
Os sintomas impactam profundamente a vida do paciente e, quando não há possibilidade de retorno ao trabalho, o benefício deve ser garantido.
Por isso, agir com estratégia e orientação jurídica adequada pode fazer toda a diferença.
A fibromialgia aposenta por invalidez, pelo INSS ou pelo BPC LOAS, e você não precisa enfrentar esse processo sozinho.
Se restar qualquer dúvida sobre como garantir seus direitos, a recomendação é procurar um advogado de confiança e especializado em Direito Previdenciário.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “fibromialgia aposenta?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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