Interrogatório: como se prevenir nessa fase do processo!

O interrogatório é uma etapa crucial no processo penal, onde o acusado e as testemunhas são questionados sobre o caso. Entenda seus direitos e como esse procedimento é conduzido.

imagem representando interrogatório

Entenda como deve ser um interrogatório de acordo com a lei!

O interrogatório é uma das etapas mais delicadas e decisivas de um processo criminal.

Nele, o réu é chamado a se manifestar perante o juiz, podendo contar sua versão dos fatos, responder perguntas e exercer seu direito constitucional ao silêncio.

Para quem está passando por esse momento, ou tem um familiar nessa situação —, é comum que surjam sentimentos de medo, ansiedade e confusão.

Afinal, muitas pessoas não sabem o que pode ser dito, o que deve ser evitado e quais são os riscos de falar sem a devida orientação jurídica.

Esse momento não é apenas uma formalidade: trata-se de um ato de defesa fundamental, capaz de influenciar diretamente os rumos do processo. Por isso, estar bem preparado e assistido por um advogado criminalista é essencial.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara como funciona o interrogatório, qual seu papel no processo penal, e como se proteger nesse momento tão sensível.

Se você ou alguém próximo está passando por isso, continue a leitura e entenda como agir com segurança e consciência dos seus direitos.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é um interrogatório?

O interrogatório é uma das fases mais importantes do processo penal, em que o acusado é ouvido diretamente pelo juiz.

Nesse momento, ele tem a oportunidade de contar sua versão dos fatos, esclarecer pontos do processo e exercer seu direito de defesa.

Também pode optar por ficar em silêncio, sem que isso traga prejuízos — afinal, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.

Apesar de ser um direito, o interrogatório também representa um grande risco: o nervosismo, a falta de preparo e a ausência de orientação jurídica adequada podem levar a respostas confusas ou mal interpretadas, comprometendo a estratégia da defesa.

Muitas pessoas chegam a esse momento sem saber o que esperar — e isso é um erro. O que é dito ali pode influenciar diretamente a decisão do juiz. 

Por isso, é essencial estar bem assessorado por um advogado criminalista, que vai orientar o cliente sobre como se portar, o que responder e como garantir que seus direitos sejam respeitados.

O interrogatório não é um simples detalhe do processo: é uma peça-chave na construção da verdade e na busca por um julgamento justo.

Em quais fases do processo acontece o interrogatório?

O interrogatório acontece em momentos específicos do processo penal, conforme o andamento da ação e o tipo de procedimento adotado. Veja os principais:

1. Durante o Inquérito Policial (fase investigativa)

Embora não seja obrigatório, o investigado pode ser ouvido pela autoridade policial. Nesse caso, o objetivo é colher informações iniciais sobre os fatos.

É importante saber que, mesmo nessa fase, o investigado tem o direito de permanecer em silêncio e de ser assistido por um advogado.

2. Na Ação Penal (fase judicial)

É o interrogatório mais relevante. Ele ocorre na fase de instrução do processo, depois da produção de provas (como oitiva de testemunhas).

Nesse momento, o acusado fala diretamente ao juiz, podendo apresentar sua versão dos fatos, responder às perguntas e exercer sua defesa pessoal.

3. Reinterrogatório (em casos excepcionais)

Pode ocorrer um novo interrogatório, se surgirem fatos novos ou mudanças relevantes no processo que justifiquem ouvir novamente o réu. Isso depende de decisão judicial.

Em todos os casos, o interrogatório deve seguir regras processuais e garantir os direitos do acusado.

É justamente por isso que contar com um advogado criminalista experiente faz toda a diferença: ele orienta, acompanha e protege o cliente em cada etapa.

O que acontece depois do interrogatório?

Após o interrogatório, o processo segue para suas fases finais.

Em geral, o juiz encerra a chamada fase de instrução, onde foram ouvidas as testemunhas e o próprio acusado, e abre prazos para que defesa e acusação apresentem suas alegações finais — uma espécie de resumo jurídico com tudo o que foi provado (ou não) durante o processo.

Esse é um momento de extrema importância, porque cada lado irá tentar convencer o juiz com base nas provas colhidas.

A defesa pode, por exemplo, pedir a absolvição, a aplicação de pena mais leve ou até a desclassificação do crime. Já o Ministério Público vai sustentar a acusação.

Depois disso, o juiz analisa tudo o que foi apresentado e profere a sentença — ou seja, decide se o réu será condenado ou absolvido.

É por isso que o interrogatório deve ser tratado com muita seriedade: o que é dito ali influencia diretamente os próximos passos.

Uma declaração mal colocada, uma contradição ou até mesmo o silêncio mal interpretado podem pesar na decisão final.

Ter um advogado de confiança ao lado, desde antes do interrogatório até o fim do processo, é essencial para proteger seus direitos e construir uma defesa forte e estratégica.

Quais perguntas são feitas em um interrogatório?

Quais perguntas são feitas em um interrogatório?

Tipo de Pergunta Exemplos
Dados Pessoais Qual sua profissão? Onde mora? Possui antecedentes criminais?
Fatos do Processo Estava no local do crime? Reconhece os fatos? Conhece as testemunhas?
Motivação Por que agiu daquela forma? Qual sua relação com os envolvidos?
Provas e Defesa Tem testemunhas? Possui documentos que deseja apresentar?

Obs: O acusado pode exercer seu direito ao silêncio em qualquer uma dessas perguntas.

As perguntas feitas em um interrogatório criminal variam de acordo com o caso, mas seguem uma estrutura padrão definida pela lei.

O juiz conduz a oitiva, podendo permitir que o Ministério Público e o advogado de defesa também façam perguntas.

Em geral, elas se dividem em dois blocos: dados pessoais e questões sobre os fatos. Veja os principais exemplos:

1. Perguntas sobre a vida do acusado

Essas perguntas servem para entender o perfil da pessoa e não têm relação direta com a acusação.
Exemplos:

Essas informações podem influenciar na aplicação da pena, caso haja condenação.

2. Perguntas sobre o crime investigado

Aqui, o foco é ouvir a versão do acusado sobre o que aconteceu.
Exemplos:

3. Perguntas complementares

O promotor e o advogado de defesa também podem fazer perguntas, com autorização do juiz, para esclarecer contradições ou reforçar pontos da estratégia de cada lado.

É fundamental lembrar que o réu pode exercer seu direito ao silêncio, sem que isso seja usado contra ele.

Também não é obrigado a responder perguntas que possam prejudicar sua própria defesa.

Por isso, a presença de um advogado nesse momento é essencial — ele orienta sobre o que responder, o que evitar e protege seus direitos durante todo o interrogatório.

Quais são os direitos do acusado em um interrogatório?

Durante o interrogatório, o acusado possui uma série de direitos fundamentais que garantem um processo justo e equilibrado.

Conhecer esses direitos é essencial para que ele não seja exposto a abusos, nem prejudique sua própria defesa por falta de orientação. Veja os principais:

⮕ Direito ao silêncio

O acusado não é obrigado a responder nenhuma pergunta. Ele pode optar por permanecer em silêncio, inclusive em relação a algumas perguntas e responder outras. E o mais importante: ficar em silêncio não pode ser interpretado como sinal de culpa.

⮕ Direito à presença de um advogado

O interrogatório só pode acontecer com a presença de um advogado. Caso o acusado não tenha um, o juiz deve nomear um defensor público. O advogado tem o papel de orientar, acompanhar cada pergunta e proteger o cliente contra abusos.

⮕ Direito de não se autoincriminar

Esse princípio garante que o acusado não é obrigado a fornecer informações ou provas contra si mesmo. Isso inclui não confessar, não admitir envolvimento e não responder a perguntas que possam prejudicá-lo.

⮕ Direito de ser tratado com respeito e dignidade

Durante o interrogatório, o acusado deve ser tratado com urbanidade, sem intimidações, ameaças ou coação. O juiz e os demais presentes devem manter uma postura profissional e imparcial.

⮕ Direito à ampla defesa e contraditório

O interrogatório é uma forma de o réu se manifestar no processo, mas ele também tem o direito de apresentar documentos, provas, testemunhas e tudo que possa contribuir com sua defesa.

Esses direitos existem para equilibrar o poder entre o Estado e o cidadão. E para que sejam efetivamente respeitados, a presença de um advogado criminalista experiente é indispensável.

Ele não apenas garante que o acusado conheça seus direitos, como também atua estrategicamente para evitar danos à defesa, especialmente num momento tão decisivo quanto o interrogatório.

Como se preparar para um interrogatório se eu for acusado?

Se você foi acusado e está prestes a passar por um interrogatório, a preparação é essencial para proteger sua liberdade, sua imagem e seus direitos.

Esse não é um momento para improvisos ou respostas por impulso.

O que for dito (ou não dito) pode influenciar diretamente no rumo do processo, e uma declaração mal colocada pode comprometer toda a sua defesa.

A primeira e mais importante medida é conversar com um advogado criminalista de confiança. Ele vai analisar o processo, identificar os pontos críticos e preparar você com base nos fatos e nas provas.

Não se trata de decorar respostas, mas de compreender o que está em jogo, o que pode ser perguntado e como conduzir suas falas com segurança.

Durante a preparação, o advogado vai te orientar sobre:

Também é importante conhecer bem os detalhes do seu processo: o que está sendo acusado, quem são as testemunhas, quais provas foram apresentadas.

Estar bem informado é uma forma de se proteger.

Por fim, lembre-se: você não está sozinho. Passar por um interrogatório pode ser angustiante, mas com orientação jurídica adequada, é possível enfrentar esse momento com clareza, segurança e respeito aos seus direitos.

Seu silêncio pode ser uma defesa, mas sua preparação é o que garante a chance de um julgamento justo.

Preciso de advogado para a fase do interrogatório?

Sim, é essencial ter um advogado na fase do interrogatório. Esse é um momento decisivo do processo criminal, em que o acusado fala diretamente ao juiz e suas palavras podem influenciar profundamente o resultado da ação.

Sem orientação adequada, é comum que o réu, por nervosismo ou falta de conhecimento, diga algo que prejudique sua defesa. 

O advogado atua justamente para evitar isso: ele prepara o cliente, orienta sobre o que responder ou não, garante que os direitos sejam respeitados e protege contra perguntas abusivas ou ilegais.

Além disso, o interrogatório só pode acontecer com a presença de um advogado — se o réu não tiver um, o juiz deve nomear um defensor público.

Porém, sempre que possível, contar com um advogado de confiança e que conheça os detalhes do caso é a melhor forma de enfrentar essa etapa com segurança e estratégia.

Um recado final para você!

imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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