Liberdade provisória em casos de homicídio

Será que é possível entrar com pedido de liberdade provisória em casos de homicídio? Descubra tudo neste artigo.

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Descubra como conseguir liberdade provisória em casos de homicídio!

O pedido de liberdade provisória é um direito garantido pela Constituição Federal. Além disso, ela permite que o acusado aguarde o julgamento em liberdade, com ou sem pagamento de fiança.

A decisão pela liberdade provisória vai depender de diversos fatores. Em primeiro lugar, será obrigatória em casos que não se aplicam os requisitos para prisão preventiva.

É importante destacar que esse tipo de liberdade pode ser concedida com ou sem imposição de medidas cautelares alternativas.

Sobretudo, essas medidas podem ser uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com certas pessoas, restrições de deslocamento, entre outras.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é liberdade provisória?

A liberdade provisória é um direito garantido pela legislação brasileira em que um acusado responde ao processo em liberdade, desde que não estejam presentes motivos que justifiquem a prisão preventiva.

Ou seja, mesmo após ter sido presa, a pessoa pode ser liberada, respondendo ao processo em liberdade, sem prejudicar o andamento da justiça.

Atualmente, existem 3 tipos de liberdade provisória:

É importante ressaltar que a liberdade provisória não significa que a pessoa foi absolvida ou que o processo foi encerrado. Ela apenas garante que o acusado possa aguardar o julgamento em liberdade, desde que cumpra as condições impostas pela justiça.

O que é o crime de homicídio?

O homicídio é um crime definido como o ato de matar outra pessoa.

Ele está exposto na Legislação Brasileira (artigo 121 do Código Penal) e a pena pode variar de 6 a 20 anos. Esse crime classifica-se de diferentes maneiras, dependendo das suas circunstâncias:

Homicídio simples: Trata-se da ação de matar alguém sem a presença de aspectos cruéis. É o tipo básico do crime de homicídio.

Homicídio qualificado: Ocorre quando o homicídio comete-se sob circunstâncias que aumentam a sua gravidade.

É aquele que se pratica por motivo fútil, quando feito de maneira premeditada, quando impossibilita defesa da vítima, com requintes de crueldade, entre outras.

Homicídio privilegiado: são crimes que se motivam por valores sociais comuns, piedade ou quando feito sob grande emoção. A legítima defesa se encaixa nessa categoria.

Obs.: O homicídio doloso é aquele em que houve a intenção de matar. Enquanto o homicídio culposo acontece sem a intenção do agente.

Qual a pena da tentativa de homicídio?

A tentativa de homicídio é punida com a pena prevista para o homicídio consumado, reduzida de um a dois terços, conforme o parágrafo único do artigo 14 do Código Penal.

Assim, considerando que a pena para o homicídio simples varia de 6 a 20 anos de reclusão, a pena para a tentativa de homicídio pode variar de 2 a 13 anos e 4 meses de reclusão, dependendo do grau de redução aplicado pelo juiz.

Quando o réu por homicídio pode responder em liberdade?

No sistema jurídico brasileiro, a regra é que o réu responda ao processo em liberdade, salvo em situações específicas que justifiquem a prisão preventiva.

É possível, sim, que um acusado por tentativa de homicídio responda ao processo em liberdade, desde que não estejam presentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, conforme o artigo 312 do Código de Processo Penal brasileiro.

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Como responder por homicídio em liberdade?

Entretanto, isso não significa que seja automaticamente aplicável a todos os acusados de homicídio. A gravidade do crime e as circunstâncias específicas de cada caso são determinantes para essa decisão.

O juiz avaliará as circunstâncias do caso concreto, as condições pessoais do acusado e a necessidade de medidas cautelares para decidir sobre a concessão da liberdade provisória.

Resumindo, é possível obter liberdade provisória em casos de homicídio, desde que os requisitos legais sejam cumpridos, como quando houver dúvidas sobre a autoria do crime, ou quando for o primeiro crime do réu ou quando houver circunstâncias que podem justificar a soltura.

Quando é cabível o pedido de liberdade provisória?

O pedido de liberdade provisória pode ser feito quando o acusado está preso em flagrante ou preventivamente e não existem fundamentos suficientes para mantê-lo preso.

Mesmo em casos de homicídio, é possível que o acusado aguarde o julgamento em liberdade, desde que não haja elementos que indiquem risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

Fatores como ser réu primário, possuir bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita podem influenciar na decisão do juiz de conceder a liberdade provisória.

Para que isso seja possível, a defesa deve provar que:

  • Não existe risco à ordem pública.
  • Não há perigo para a instrução criminal.
  • O acusado não apresenta risco de fuga.

A legislação também prevê que, mesmo em casos de crimes graves como homicídio, é necessário que o Estado demonstre a necessidade da prisão preventiva.

Se isso não for feito, a liberdade provisória deve ser concedida.

Quais os crimes que não admitem liberdade provisória?

A justiça pode negar a liberdade provisória em diversas situações específicas previstas na legislação brasileira.

A Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) e o Código de Processo Penal vedam a liberdade provisória nos seguintes casos:

Crimes hediondos e equiparados:

Inclui homicídio qualificado, latrocínio, estupro, tráfico de drogas, tortura e terrorismo. Estes crimes, por sua gravidade e impacto social, geralmente não admitem liberdade provisória.

Perigo à ordem pública ou econômica:

Quando a liberdade do acusado pode representar um risco significativo à sociedade ou à economia. Este critério é aplicado para evitar que indivíduos cuja liberdade possa causar insegurança ou instabilidade permaneçam livres.

Risco à instrução criminal:

Se há um risco concreto de que o acusado, ao ser liberado, possa interferir nas investigações, influenciar testemunhas ou destruir provas. A manutenção da prisão garante a integridade do processo investigativo e judicial.

Risco de fuga:

Quando há indícios de que o acusado, se posto em liberdade, pode tentar evadir-se para evitar a aplicação da lei penal. A probabilidade de fuga é avaliada com base no comportamento do acusado e nas circunstâncias do caso.

Nesses casos, a gravidade do delito e o impacto social justificam a restrição à liberdade provisória.

A legislação ainda permite que a justiça negue a liberdade provisória para crimes que não são hediondos, se houver fatores que indiquem que a liberdade do acusado poderia comprometer a ordem pública, a instrução do processo ou a aplicação da lei penal.

A decisão sobre a concessão ou não da liberdade provisória é tomada pelo juiz, que avalia as circunstâncias específicas de cada caso.

Como conseguir a liberdade provisória?

É importante afirmar que as decisões sobre liberdade provisória tomam-se pelo juiz. Sendo assim, a interpretação das leis pode variar de caso para caso.

O papel do advogado no processo de busca por liberdade provisória é crucial. Acima de tudo, envolve estratégias legais e argumentos que visam convencer o juiz que a soltura do acusado é viável.

Um advogado especializado vai oferecer:

Ou seja, nota-se que ter acompanhamento com um profissional é necessário para fazer diferença nas chances de conseguir liberdade provisória.

homicidio liberdade

Como conseguir a liberdade provisória?

Quanto tempo uma pessoa pode ficar em liberdade provisória?

A liberdade provisória não possui um prazo fixo definido pela legislação brasileira. O tempo que uma pessoa pode permanecer em liberdade provisória depende do andamento do processo penal e das decisões judiciais.

O juiz pode revogar a liberdade provisória e ordenar a prisão preventiva do acusado se surgirem novos elementos que justifiquem a prisão.

Por exemplo, a descoberta de novas provas, tentativas de fuga, ameaças a testemunhas ou qualquer comportamento que comprometa a ordem pública ou a instrução criminal.

A liberdade provisória acaba quando:

  1. Sentença Condenatória Transitada em Julgado: Quando a sentença condenatória se torna definitiva e não cabe mais recurso, a liberdade provisória é substituída pela execução da pena.
  2. Revogação Judicial: O juiz pode revogar a liberdade provisória se as condições que justificaram sua concessão não estiverem mais presentes ou se surgirem novas circunstâncias que indiquem a necessidade da prisão preventiva.
  3. Arquivamento do Processo: Se o processo for arquivado ou se o acusado for absolvido, a liberdade provisória é encerrada.

Essas decisões são baseadas na avaliação contínua do juiz sobre os requisitos legais e as circunstâncias específicas do caso.

Em qual caso do crime de homicídio o juiz pode deixar de aplicar a pena?

No caso de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), o juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária, conforme o §5º do artigo 121 do Código Penal.

Essa disposição legal reconhece que, em determinadas situações, o sofrimento ou prejuízo experimentado pelo autor do fato é suficiente para cumprir a função punitiva, tornando a aplicação da pena desnecessária.

O que pode influenciar a decisão do juiz?

O juiz pode considerar diversos fatores antes de conceder a liberdade provisória, como:

  • Antecedentes criminais do acusado.
  • Gravidade das circunstâncias do crime, como premeditação ou crueldade.
  • Comportamento do acusado após o crime, como tentativa de fuga ou colaboração com as autoridades.

Esses elementos ajudam a compor a análise que o juiz faz para decidir se é seguro liberar o acusado até o julgamento.

Um recado importante para você!

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso!

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Sabemos que o tema “Liberdade provisória para crime de homicídio” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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