Qual o risco de atrasar ou não recolher FGTS?

O FGTS é um direito do trabalhador, e o atraso ou não recolhimento pelo empregador pode gerar multas, juros e problemas legais. Entender os riscos ajuda você a se proteger.

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Quais os riscos de atrasar ou não recolher o FGTS?

O atraso ou a falta de recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pelo empregador pode gerar diversos problemas para trabalhadores e empregadores.

Para o empregado, a ausência dos depósitos impede a formação correta do saldo que pode ser usado em situações importantes, como demissão sem justa causa.

Já para o empregador, o descumprimento da obrigação legal pode resultar em multas, juros, ações judiciais e cobranças administrativas.

Além disso, a legislação brasileira estabelece que os valores não recolhidos devem ser pagos retroativamente, acrescidos de correção e encargos, o que pode tornar o prejuízo ainda maior.

Por isso, entender os riscos de atrasar ou não recolher o FGTS é fundamental para que trabalhadores saibam cobrar seus direitos e para que empregadores evitem problemas.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

A empresa é obrigada a recolher o FGTS?

Sim, a empresa é obrigada a recolher o FGTS de todos os trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conforme estabelecido pela lei.

O FGTS consiste em um depósito mensal equivalente a 8% do salário bruto do empregado, que deve ser feito em contas vinculadas na Caixa Econômica Federal.

Esse valor garante recursos que podem ser utilizados em situações específicas, como demissão sem justa causa, aposentadoria, aquisição da casa própria e outros.

Esse recolhimento é uma obrigação legal do empregador, independentemente da vontade do trabalhador, e faz parte dos direitos trabalhistas fundamentais.

O não recolhimento ou atraso no depósito do FGTS configura inadimplência do empregador, sujeitando-o a multas, juros e correção monetária.

A fiscalização é realizada pela Caixa Econômica Federal e, em casos de irregularidade, o trabalhador pode registrar denúncias ou acionar a Justiça do Trabalho.

Qual o risco da empresa não recolher o FGTS?

O não recolhimento do FGTS pela empresa representa um risco significativo, tanto do ponto de vista legal quanto financeiro, e pode gerar consequências graves para o empregador.

Quando a empresa deixa de depositar os valores devidos nas contas vinculadas dos trabalhadores, isso pode resultar em multas, juros e correção monetária.

Além disso, a fiscalização da Caixa Econômica Federal pode identificar irregularidades nos depósitos e notificar a empresa, exigindo a regularização imediata dos pagamentos atrasados.

Se o empregador não cumprir essas determinações, ele pode ser acionado judicialmente, o que aumenta o risco de processos trabalhistas e encargos financeiros adicionais.

Além das penalidades diretas, o não recolhimento do FGTS prejudica os trabalhadores, que deixam de ter garantias importantes.

A prática reiterada de atrasos ou omissões pode configurar infração grave, sujeitando a empresa a responsabilização administrativa e, em alguns casos, até criminal.

Por isso, para evitar riscos financeiros, legais e de imagem, é fundamental que a empresa mantenha todos os depósitos do FGTS em dia.

O que acontece se o empregador atrasar o FGTS?

O atraso no depósito gera uma dívida composta pelo valor principal, multas, juros e correção monetária.

O atraso no depósito gera dívida com multa, juros e correção.

Quais as consequências do atraso no FGTS?

Mesmo atrasos pequenos podem se transformar em passivos significativos com o tempo. A cada mês de inadimplência, os encargos aumentam e a regularização se torna mais cara.

Além do impacto financeiro, o atraso impede a emissão da CRF, documento essencial para diversas operações empresariais.

Sem ele, a empresa pode perder licitações, linhas de crédito e contratos importantes. Isso afeta diretamente a competitividade no mercado.

Com o avanço do FGTS Digital e a integração com o eSocial, a fiscalização ficou mais rigorosa.

Hoje, os órgãos competentes conseguem identificar rapidamente depósitos em atraso, o que aumenta o risco de autuações e cobranças imediatas.

O que devo fazer se atrasar ou não recolher o FGTS?

Se você é empregador e está com FGTS em atraso ou deixou de recolher os depósitos, a primeira coisa a fazer é não ignorar o problema. A omissão só aumenta os encargos e o risco de ações trabalhistas.

O ideal é agir rapidamente para regularizar a situação. Veja como:

1. Identifique os débitos

Consulte os sistemas da Caixa, SEFIP ou FGTS Digital para verificar todos os períodos em aberto.

2. Calcule os encargos

Sobre o valor devido incidem multa, juros e correção monetária. Existem calculadoras oficiais para facilitar esse processo.

3. Emita a guia de recolhimento

Use o sistema oficial para gerar a GRF (Guia de Recolhimento do FGTS) com os valores atualizados.

4. Pague os débitos

Quanto antes for feita a regularização, menores serão os encargos. Caso não seja possível quitar tudo de uma vez, é possível negociar um parcelamento junto à Caixa Econômica Federal.

5. Atualize obrigações acessórias

Se necessário, envie ou corrija informações no eSocial e na GFIP para que os registros fiquem em conformidade.

Regularizar os depósitos evita a acumulação de juros, reduz riscos de ações trabalhistas e protege a empresa de fiscalizações mais severas.

Preciso de advogado caso não recolha ou atrase o FGTS?

Em atrasos pequenos e simples de resolver, o apoio do contador pode ser suficiente.

No entanto, em casos mais complexos, contar com um advogado trabalhista é altamente recomendável para evitar problemas maiores.

Se houver ações trabalhistas, pedidos de rescisão indireta ou multas elevadas, o advogado é essencial para calcular corretamente os valores, montar defesas e conduzir negociações.

Além disso, ele pode ajudar a prevenir riscos futuros, implementando práticas de compliance.

Mesmo quando não é obrigatório, o suporte jurídico pode poupar tempo e dinheiro.

Um especialista garante que tudo seja feito dentro da lei, evitando falhas que podem gerar ainda mais encargos e processos no futuro.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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