Quanto tempo de INSS garante o benefício?

Você sabe quanto tempo pagando INSS é necessário para garantir seu benefício? Essa informação é vital para você ter seus direitos!

Imagem representando tempo de INSS garante o benefício.

Quanto tempo de INSS dá direito ao benefício?

Contribuir para o INSS é essencial para ter acesso a benefícios como aposentadorias, auxílios e pensões.

Mas afinal, quanto tempo de contribuição garante esse direito?

Essa é uma dúvida comum entre trabalhadores, especialmente porque cada benefício exige um número mínimo de contribuições, chamado de carência.

Este artigo foi preparado para explicar como funciona a contagem do tempo no INSS e o que você precisa observar para não perder seus direitos.

Continue a leitura e saiba exatamente como se planejar.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Como funcionam as contribuições ao INSS?

Entender como funcionam as contribuições ao INSS é o primeiro passo para saber em que momento você terá direito aos benefícios.

O sistema previdenciário brasileiro é organizado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), previsto na Lei nº 8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da Previdência Social.

As contribuições são obrigatórias para trabalhadores formais e podem ser realizadas de forma facultativa por quem não exerce atividade remunerada.

O valor da contribuição depende da categoria do segurado:

→ empregados têm desconto direto na folha de pagamento;

autônomos e contribuintes individuais precisam recolher por meio da Guia da Previdência Social (GPS);

→ segurados facultativos podem contribuir de acordo com sua capacidade financeira.

Esses pagamentos formam um histórico previdenciário, registrado no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

É esse cadastro que comprova se você cumpriu a carência (quantidade mínima de contribuições para acessar um benefício) e o tempo de contribuição (período total que servirá de base para aposentadorias e cálculo de valores).

É importante destacar que atrasos no recolhimento podem gerar dificuldades.

Para segurados individuais e facultativos, por exemplo, contribuições feitas fora do prazo muitas vezes não contam para a carência, apenas para tempo de contribuição.

Já para empregados, a empresa é responsável por repassar os valores, e eventual falha pode ser questionada judicialmente.

Quanto tempo pagando o INSS dá direito ao benefício?

A pergunta sobre quanto tempo pagando o INSS dá direito ao benefício não tem uma única resposta, porque cada benefício possui sua própria carência mínima.

O artigo 24 da Lei nº 8.213/1991 estabelece os períodos de carência de acordo com cada modalidade.

De forma geral, os prazos mais comuns são:

Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença): 12 contribuições mensais, salvo em casos de acidente de qualquer natureza ou doenças graves listadas em lei, onde não há carência.

Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez): também exige 12 contribuições, com as mesmas exceções previstas para acidentes e doenças.

Aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de contribuição: 180 contribuições mensais, equivalentes a 15 anos.

Aposentadoria especial: 180 contribuições, além da comprovação de trabalho em ambiente insalubre ou perigoso.

Salário-maternidade para contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais: 10 contribuições.

Auxílio-reclusão: 24 contribuições, a serem comprovadas pelo segurado de quem os dependentes receberão o benefício.

A carência deve ser cumprida com contribuições regulares, feitas no valor correto e dentro do prazo.

Não basta apenas acumular tempo de contribuição, porque o critério de carência é específico e pode excluir contribuições que não sigam as exigências legais.

Por isso, verificar o extrato do CNIS e identificar eventuais falhas ou lacunas é essencial para evitar surpresas na hora de solicitar um benefício.

Posso incluir períodos anteriores não registrados no INSS?

Muitos segurados têm a dúvida se podem incluir períodos anteriores não registrados no INSS, como trabalhos informais ou atividades sem carteira assinada.

A legislação permite o reconhecimento desses períodos, desde que existam documentos que comprovem a atividade.

Essa possibilidade é chamada de averbação de tempo de serviço.

Dúvida comum: incluir tempo sem registro no INSS.

Períodos sem INSS entram?

Para empregados sem registro, podem ser usados recibos, contratos, comprovantes de pagamento ou testemunhos reforçados por indícios materiais.

Para trabalhadores rurais, registros em associações, notas de produtor rural e declarações podem servir como início de prova material.

Também é possível realizar contribuições em atraso, especialmente no caso de segurados individuais e facultativos.

O artigo 45 da Lei nº 8.212/1991 prevê a possibilidade de recolher contribuições retroativas, com juros e multa.

No entanto, há limitações: contribuições em atraso nem sempre contam para carência, principalmente quando feitas após a perda da qualidade de segurado.

Outro ponto importante é que a comprovação deve ser documental.

Apenas testemunhas, sem documentos de apoio, não são aceitas como regra pelo INSS, salvo em situações específicas reconhecidas pela Justiça.

Portanto, incluir períodos anteriores é viável, mas exige atenção às provas apresentadas e ao enquadramento legal.

Essa análise técnica costuma ser decisiva para definir se o período será aceito para tempo de contribuição e carência.

O tempo de contribuição ao INSS afeta o valor do benefício?

O tempo de contribuição ao INSS afeta diretamente o valor do benefício, porque influencia o cálculo da renda mensal.

O artigo 29 da Lei nº 8.213/1991 define que a base de cálculo considera a média dos salários de contribuição, com percentuais aplicados conforme o tempo de contribuição e a regra de aposentadoria.

Quanto mais tempo você contribuir e quanto maiores forem as contribuições, maior tende a ser o valor do benefício.

Por exemplo: na aposentadoria por idade, após cumprir a carência de 180 meses, o valor começa em 60% da média salarial, com acréscimos de 2% para cada ano que ultrapassar 15 anos de contribuição (mulheres) ou 20 anos (homens).

No caso do auxílio por incapacidade temporária, o valor é calculado com base na média das contribuições recentes.

Ou seja, contribuições baixas ou períodos de falha reduzem diretamente o valor recebido.

Além disso, contribuições inconsistentes, abaixo do salário mínimo ou feitas de forma irregular, podem ser desconsideradas pelo INSS.

Isso reforça a necessidade de acompanhar seu extrato do CNIS e garantir que todos os períodos estejam corretamente lançados.

Meu benefício do INSS foi negado por falta de carência, e agora?

1. Leia o indeferimento e veja o motivo.

2. Confira seu CNIS e corrija contribuições não lançadas.

3. Avalie se pode incluir períodos informais ou quitar atrasados.

4. Se mantida a negativa, recorra administrativamente ou judicialmente.

5. Aja rápido: prazos são curtos e podem limitar seus direitos.

Quando o benefício do INSS é negado por falta de carência, a primeira medida é compreender o motivo exato da negativa.

O documento de indeferimento deve apontar quantas contribuições foram consideradas e quais foram rejeitadas.

O passo seguinte é revisar o seu histórico no CNIS.

Muitas vezes, o problema está em contribuições não registradas corretamente pelo empregador ou em períodos que o INSS desconsiderou por entender que não cumpriam os requisitos legais.

Nesses casos, é possível apresentar documentos comprobatórios para corrigir as falhas.

Outra saída é verificar a possibilidade de contribuições em atraso ou de comprovar períodos informais de trabalho.

Isso pode permitir completar a carência necessária, desde que cumpridas as exigências legais e apresentadas as provas adequadas.

Caso a negativa seja mantida, existe a opção de interpor recurso administrativo dentro do prazo estabelecido ou buscar o Poder Judiciário.

Muitas vezes, a Justiça reconhece direitos não admitidos administrativamente, principalmente quando há documentos que comprovam a atividade ou erro na análise do INSS.

É importante agir com rapidez. O prazo para recurso administrativo costuma ser curto, e deixar para depois pode comprometer seu direito.

A falta de carência é um dos motivos mais comuns para indeferimento de benefícios, mas também é uma das situações em que a atuação técnica pode fazer diferença.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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