Não estou de acordo com o divórcio, e agora?

Se você não concorda com o divórcio, saiba o que realmente pode acontecer e quais caminhos a lei permite seguir.

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Não estou de acordo com o divórcio, e agora?

Quando o pedido de divórcio chega sem que você concorde, é natural sentir insegurança e até indignação. A ideia de perder o controle sobre a própria vida pode gerar medo e frustração.

No entanto, é importante compreender que a lei brasileira não obriga ninguém a permanecer casado, mesmo que a outra parte não queira se separar.

Isso significa que o divórcio pode acontecer mesmo sem sua concordância, mas isso não tira seus direitos ao longo do processo.

Pelo contrário, abre espaço para que você participe ativamente das decisões que vão impactar sua vida. Por isso, entender o funcionamento do processo é o primeiro passo para agir com segurança.

Com informação e apoio jurídico, você pode proteger seus interesses e garantir que o desfecho seja justo. O divórcio será decretado, mas os efeitos dele — bens, guarda, pensão, dependem da sua participação.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Não estou de acordo com o divórcio, e agora?

Se você não concorda com o divórcio, o processo seguirá pela via judicial, conhecido como divórcio litigioso.

Isso ocorre porque a lei permite que apenas um dos cônjuges peça a dissolução do casamento, sem necessidade de justificativa. Assim, o vínculo será rompido independentemente da sua vontade.

Embora o divórcio em si seja inevitável, tudo o que envolve seus efeitos ainda será analisado pelo juiz.

É nesse ponto que você pode defender sua posição, apresentar provas e discutir cada detalhe que afetará sua vida após o término da relação. Essa participação fortalece sua proteção jurídica.

Por isso, mesmo discordando, é essencial agir de forma estratégica. Com orientação adequada, você consegue organizar documentos, estruturar seus pedidos e influenciar diretamente o resultado final.

Quais direitos posso discutir no processo de divórcio?

Durante o divórcio, você pode discutir todos os efeitos que surgem com o fim do casamento. Isso inclui

Cada ponto será analisado conforme a realidade do casal e o regime de bens adotado. Os bens também são um dos temas mais sensíveis.

Você pode demonstrar que determinado patrimônio é particular, que uma dívida não foi assumida em conjunto ou que um imóvel foi adquirido com recursos exclusivamente seus.

Com documentos e provas, é possível garantir uma partilha justa. Quando há filhos, o cuidado deve ser ainda maior.

Você pode defender um regime de guarda adequado, ajustar a convivência e discutir valores de pensão conforme a necessidade da criança e a capacidade financeira dos pais.

Quanto mais organizada estiver sua argumentação, maior a chance de um resultado equilibrado.

Posso apresentar minha própria proposta no divórcio?

imagem explicando sobre apresentar proposta no divórcio

Posso apresentar minha própria proposta no divórcio?

Sim, você pode apresentar sua própria proposta no divórcio, e isso costuma ser uma atitude decisiva para o bom andamento do processo.

Essa proposta pode tratar da divisão de bens, guarda, convivência, pensão e demais pontos relevantes. Ela pode ser apresentada na contestação, em audiência ou em manifestação específica dentro dos autos.

Ao apresentar sua versão, você evita que o processo siga apenas com os pedidos do outro cônjuge. Além disso, o juiz passa a ter duas perspectivas para analisar, o que favorece decisões mais equilibradas.

Uma proposta clara e bem fundamentada muitas vezes abre caminho para um acordo parcial ou até integral.

Contudo, para que essa proposta seja realmente eficaz, é importante estruturá-la com apoio jurídico. Pedidos mal formulados podem ser rejeitados ou até gerar prejuízos futuros.

Por isso, quanto mais técnica for a construção dos seus termos, mais protegidos estarão seus direitos.

O que acontece se eu contestar os termos do divórcio?

Contestar os termos significa exercer seu direito de defesa de forma completa. Ao contestar, você apresenta seus argumentos, suas provas e sua versão dos fatos.

Isso impede que a decisão seja tomada apenas com base nos pedidos do outro cônjuge, garantindo que sua voz seja ouvida.

A contestação também permite ampliar o debate sobre bens, guarda, pensão e outras questões importantes.

Você pode impugnar valores, esclarecer fatos, contestar documentos e trazer novos elementos para análise.  Essa fase costuma ser decisiva para determinar os rumos do processo.

No entanto, é importante saber que contestar não impede o divórcio em si, pois a dissolução será decretada de qualquer forma.

O impacto da contestação está nos efeitos do divórcio, que podem mudar completamente conforme os argumentos apresentados.

E se eu não concordar com a decisão do juiz no divórcio?

Se a sentença não atender ao que você considera justo, é possível recorrer. Você pode apresentar embargos de declaração quando houver omissão, contradição ou erro material.

E pode apresentar apelação quando a discordância for sobre o mérito da decisão, como divisão de bens, pensão ou guarda.

Recorrer é uma forma legítima de pedir uma nova análise, especialmente quando há falhas na decisão ou quando o juiz deixou de considerar elementos importantes do processo.

O Tribunal revisará o caso e poderá alterar, corrigir ou manter a decisão inicial.

Entretanto, os prazos são curtos e exigem atenção. Por isso, recorrer sempre deve ser uma estratégia planejada, com análise técnica e documentação bem organizada.

Quanto mais estruturado estiver seu processo, maiores as chances de um resultado melhor na instância superior.

Como negociar os termos do divórcio corretamente?

Negociar é uma das formas mais inteligentes de conduzir um divórcio, mesmo quando existe tensão entre as partes.

Uma negociação bem feita pode reduzir desgastes emocionais, acelerar o processo e trazer mais equilíbrio às decisões. Além disso, permite que vocês definam juntos os termos, em vez de deixar tudo nas mãos do juiz.

Para negociar corretamente, você precisa conhecer seus direitos e ter clareza sobre o que é realmente importante para o seu futuro.

Isso envolve avaliar bens, dívidas, rotina dos filhos, despesas e possibilidades reais. Uma postura aberta ao diálogo ajuda muito na construção de um acordo viável.

Apesar disso, negociar não significa aceitar qualquer coisa apenas para “acabar logo” com o processo. É por isso que a orientação de um advogado especializado faz diferença.

Ele ajuda a identificar riscos, evitar cláusulas abusivas e garantir que o acordo seja vantajoso e seguro para você.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • luiz azul

    •Advogado familiarista, cogestor do VLV Advogados
    Membro Associado do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
    Capacitação pela AASP em questões de direito civil, especialmente direito das famílias/sucessões e pela PUC/RJ em alienação parental e perícias psicológicas

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