TJ-SP mantém pena para pai que desviou BPC/LOAS do filho

O que acontece quando um benefício assistencial é utilizado para fins pessoais? Conheça as consequências jurídicas do desvio do BPC/LOAS neste caso julgado pelo TJ-SP.

TJ-SP mantém pena para pai que desviou BPC/LOAS do filho

TJ-SP mantém pena para pai que desviou BPC/LOAS do filho

A condenação de um pai por apropriação indevida do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) destinado ao seu filho com deficiência traz à tona a importância de compreender os direitos e deveres relacionados a esse benefício assistencial.

O caso, julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), resultou na manutenção da pena de reclusão para o pai que desviou valores do benefício para fins pessoais, mesmo após a guarda do menino ser transferida para outro familiar.

Esta situação destaca como o BPC/LOAS, que tem o objetivo de amparar pessoas em situação de vulnerabilidade, deve ser utilizado exclusivamente para o benefício de quem realmente necessita.

Neste artigo, vamos explicar os principais pontos sobre a condenação, os direitos relacionados ao BPC/LOAS e as consequências do uso indevido desse benefício.

Se você tem dúvidas sobre o BPC ou está passando por uma situação similar, continue lendo e tire suas principais dúvidas!

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

TJ-SP confirma condenação de pai por apropriação indevida do BPC/LOAS destinado ao filho com deficiência

A Justiça de São Paulo manteve a condenação de um homem que reteve indevidamente o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) do próprio filho, uma criança de sete anos com deficiência.

Mesmo após a guarda do menino ter sido transferida para a tia paterna, o pai continuou recebendo os valores e utilizando-os para fins pessoais.

Além das seis parcelas do benefício que foram apropriadas, o condenado também desviou valores provenientes de dois empréstimos vinculados ao BPC, totalizando um prejuízo superior a R$ 15 mil.

A 6ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP analisou o caso e manteve a condenação, determinando uma pena de dois anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de 21 dias-multa.

A decisão reforça que o BPC/LOAS tem uma finalidade específica e não pode ser utilizado por terceiros para outras despesas.

Esse caso acende um alerta para quem recebe ou administra benefícios assistenciais: o uso indevido pode resultar em penalidades graves, incluindo devolução dos valores e até condenação criminal.

Se você tem dúvidas sobre a correta gestão de um benefício assistencial ou conhece alguma irregularidade, buscar orientação especializada é fundamental.

Quem tem direito ao BPC/LOAS?

O BPC/LOAS é um benefício assistencial concedido pelo governo federal a dois grupos específicos: pessoas com deficiência e idosos a partir de 65 anos de idade.

Para ter acesso ao benefício, não basta apenas se enquadrar em uma dessas categorias, é preciso comprovar que a renda familiar per capita é inferior a ¼ do salário mínimo vigente.

No caso das pessoas com deficiência, a lei estabelece que o benefício é destinado a aqueles que possuem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que os impossibilitam de participar plenamente na sociedade.

Isso significa que não basta apenas ter um diagnóstico médico, mas sim demonstrar que a condição limita sua autonomia e capacidade para o trabalho e para a vida diária.

Já para os idosos, o benefício é concedido independentemente de qualquer incapacidade, desde que seja comprovada a condição de vulnerabilidade financeira.

Muitas pessoas acreditam que, por se tratar de um benefício pago pelo INSS, é necessário ter contribuído para a Previdência Social para ter direito ao BPC/LOAS. Isso não é verdade.

Diferente das aposentadorias, esse benefício é de caráter assistencial, ou seja, ele é pago pelo governo para garantir o mínimo de dignidade a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Se você ou um familiar se enquadra nesses requisitos, é essencial garantir que o benefício seja requerido corretamente, sem risco de negativa ou atraso na concessão.

É necessário ter contribuído para o INSS para receber o BPC?

Diferente das aposentadorias, o BPC/LOAS não exige contribuições previdenciárias. Ele é um benefício assistencial pago com recursos do governo federal para garantir um amparo mínimo a quem não tem condições de prover o próprio sustento.

Por isso, mesmo que a pessoa nunca tenha trabalhado formalmente ou contribuído para o INSS, ela ainda pode solicitar o BPC caso atenda aos critérios exigidos.

Embora não seja necessário contribuir para a Previdência Social, o BPC não dá direito a benefícios adicionais, como 13º salário ou pensão por morte.

Isso significa que, caso o beneficiário venha a falecer, seus dependentes não poderão continuar recebendo o valor.

Se você está na dúvida sobre a sua elegibilidade ou precisa garantir que o pedido seja feito da maneira correta, não deixe para depois.

O tempo de análise desses benefícios pode ser longo, e um erro no pedido pode significar um grande atraso ou até mesmo a negação do benefício.

Como é calculada a renda familiar per capita para o BPC?

A análise da renda familiar é um dos pontos mais importantes para a concessão do BPC.

O cálculo é feito somando-se os rendimentos brutos de todos os integrantes da família que moram na mesma residência e dividindo esse total pelo número de membros.

Para fins de cálculo, considera-se como família:

Se, após essa divisão, o valor encontrado for superior a ¼ do salário mínimo, o benefício pode ser negado.

No entanto, a Justiça já reconhece que, em alguns casos, é possível flexibilizar esse critério, analisando o contexto da família e os gastos extraordinários com saúde.

Se o seu pedido foi negado por conta da renda familiar, pode haver possibilidade de recorrer. Nem sempre uma negativa significa que o benefício não pode ser concedido.

Um advogado especialista pode ajudar a apresentar os documentos e argumentos certos para reverter a decisão.

Quais documentos são necessários para solicitar o BPC?

A solicitação do BPC exige a apresentação de alguns documentos essenciais, incluindo:

Além disso, o requerente precisa estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

O cadastro pode ser feito no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo.

Muitas solicitações são negadas por falta de documentação ou por erros no preenchimento do pedido.

Para evitar problemas e agilizar a concessão do benefício, é fundamental ter orientação profissional desde o início do processo.

Como solicitar o BPC?

A solicitação do BPC pode ser feita de três formas principais:

  1. Pelo site ou aplicativo Meu INSS, acessível para celulares e computadores.
  2. Pelo telefone 135, onde um atendente pode fornecer informações e agendar o atendimento.
  3. Presencialmente em uma agência do INSS, com agendamento prévio.

Após o pedido, o INSS analisará a documentação e, se necessário, pode agendar uma perícia médica ou uma visita social para verificar as condições do requerente.

Caso o benefício seja negado, existe a possibilidade de recurso. Muitas decisões podem ser revertidas com a argumentação correta e a apresentação de documentos adicionais.

Se você deseja garantir que o seu benefício seja concedido o mais rápido possível, sem erros ou atrasos, conte com o suporte de especialistas.

O BPC é vitalício?

Diferente das aposentadorias, o BPC não é um benefício vitalício. Ele pode ser suspenso ou cancelado caso o beneficiário deixe de cumprir os requisitos necessários.

No caso dos idosos, o benefício pode ser mantido por tempo indeterminado, desde que a renda familiar continue dentro dos critérios exigidos.

Já no caso das pessoas com deficiência, o INSS pode solicitar reavaliações periódicas para verificar se a condição que gerou o direito ao benefício ainda persiste.

Se for constatado que a pessoa recuperou a capacidade de trabalho ou que a renda familiar aumentou, o pagamento pode ser suspenso.

Se você já recebe o BPC e recebeu um aviso sobre revisão do benefício, é essencial garantir que todos os documentos e laudos médicos estejam atualizados. Não correr atrás disso pode significar a suspensão dos pagamentos.

Se você precisa solicitar o BPC, contestar uma negativa ou evitar problemas futuros com o benefício, não espere até que seja tarde demais.

Conte com profissionais que entendem as regras e podem garantir que você tenha acesso ao que realmente tem direito.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “TJ-SP mantém pena para pai que desviou BPC/LOAS do filho” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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