O que é o Direito Previdenciário? Seus Direitos Sociais

A Previdência Social é parte integrante da nossa sociedade. Mas você sabe do que trata o Direito Previdenciário? O que faz essa área na defesa dos direitos dos brasileiros?

Direito Previdenciário

Entenda tudo sobre o Direito Previdenciário e proteja seus direitos!

O Direito Previdenciário é uma área fundamental do direito que se dedica a regular a Previdência Social, um sistema que garante proteção e assistência aos cidadãos em momentos de vulnerabilidade.

Seja na aposentadoria, em casos de doença, acidente ou até mesmo na pensão por morte, o Direito Previdenciário assegura que os trabalhadores tenham acesso a benefícios essenciais para a sua subsistência e bem-estar. 

Compreender esse ramo do direito é importante, especialmente em um país como o Brasil, onde milhões de pessoas dependem do sistema previdenciário para garantir uma vida digna.

Neste artigo, vamos explicar o que é o Direito Previdenciário, suas principais normas e princípios, e como ele impacta a vida dos cidadãos.

Você descobrirá os direitos que possui como segurado, como o sistema funciona e quais são os benefícios disponíveis. 

Se você já teve dúvidas sobre a Previdência, continue lendo para entender melhor esse tema essencial que pode fazer toda a diferença na sua vida.

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O que se entende por Direito Previdenciário e qual sua função?

O Direito Previdenciário é um ramo do direito público que se ocupa da regulamentação da Previdência Social, abrangendo um conjunto de normas e princípios que garantem a proteção social aos cidadãos.

Esse campo do direito tem como objetivo assegurar que os indivíduos tenham acesso a benefícios e serviços em situações de vulnerabilidade, como aposentadoria, doenças, invalidez, e outros eventos que possam comprometer sua capacidade de trabalho ou sua subsistência.

A função do Direito Previdenciário é, essencialmente, promover a segurança financeira e o bem-estar dos segurados e de seus dependentes. 

Essa proteção se materializa através da concessão de benefícios, que podem ser tanto de natureza pecuniária (como aposentadorias e auxílios) quanto de prestação de serviços, como reabilitação profissional e serviços de assistência social.

A legislação previdenciária, portanto, busca criar um sistema que ampare os trabalhadores, especialmente em momentos de necessidade, garantindo que eles possam ter um padrão mínimo de vida.

Um dos aspectos fundamentais do Direito Previdenciário é a sua relação com a Seguridade Social, que abrange não apenas a previdência, mas também a saúde e a assistência social.

A Seguridade Social é organizada de forma a garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso a direitos básicos, promovendo a equidade e a justiça social. 

O Direito Previdenciário, portanto, atua como um instrumento para materializar esses direitos, regulamentando a relação entre o Estado, os segurados e as entidades responsáveis pela gestão da previdência.

Além disso, o Direito Previdenciário busca proteger os direitos dos segurados por meio de princípios fundamentais, como a dignidade da pessoa humana, a solidariedade social e a proteção ao hipossuficiente.

Esses princípios orientam a interpretação e a aplicação das normas, assegurando que as decisões tomadas no âmbito previdenciário respeitem a condição de vulnerabilidade dos indivíduos e promovam a justiça social.

Quais são os princípios do Direito Previdenciário?

Os princípios do Direito Previdenciário são fundamentos essenciais que orientam a interpretação e a aplicação das normas que regem a Previdência Social.

Esses princípios visam assegurar a proteção dos segurados e a justiça social, garantindo que o sistema previdenciário funcione de maneira equitativa e eficaz. Vejamos quais são eles!

Princípios do Direito Previdenciário

  1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Ele estabelece que a dignidade do ser humano deve ser respeitada em todas as circunstâncias.

Assim, o sistema previdenciário deve garantir condições mínimas para a subsistência dos indivíduos, proporcionando acesso a benefícios e serviços que assegurem uma vida digna, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

  1. Princípio da Solidariedade Social

Estabelece que todos os membros da sociedade têm um papel na proteção social. Esse princípio implica que tanto o Estado quanto os cidadãos devem contribuir para o financiamento da Previdência, promovendo um sistema que beneficie a coletividade.

Assim, as contribuições não são apenas uma obrigação individual, mas uma responsabilidade compartilhada que visa garantir o bem-estar social.

  1. Princípio do Equilíbrio Econômico

Busca garantir que as receitas da Previdência Social sejam suficientes para cobrir os benefícios a serem pagos. Ou seja, o sistema deve manter uma relação equilibrada entre as contribuições recebidas e os pagamentos efetuados.

Caso haja um descompasso, isso pode levar a déficits, comprometendo a capacidade do sistema de atender à demanda por benefícios. Portanto, é essencial que o legislador adapte as normas para assegurar a sustentabilidade financeira da Previdência.

  1. Princípio da Proteção ao Hipossuficiente

Determina que as normas previdenciárias devem ser interpretadas de forma a beneficiar os indivíduos em situação de vulnerabilidade econômica.

A ideia é que os menos favorecidos sejam priorizados nas decisões e nas políticas públicas, garantindo que recebam o amparo necessário em momentos críticos.

  1. Princípio da Vedação do Retrocesso

Assegura que, uma vez conquistados, os direitos previdenciários não podem ser reduzidos ou retirados. Qualquer alteração na legislação que implique em diminuição de direitos previamente garantidos é considerada inaceitável.

Esse princípio busca proteger os segurados de mudanças legislativas que possam prejudicar os benefícios já alcançados, garantindo assim a continuidade dos direitos sociais.

  1. Princípio da Universalidade da Cobertura

Este princípio estabelece que a Previdência Social deve abranger todos os cidadãos, garantindo que todos tenham acesso a uma rede de proteção, independentemente de sua condição socioeconômica.

  1. Princípio da Seletividade e Distributividade

A seletividade e distributividade referem-se à necessidade de que a Previdência Social direcione suas prestações para aqueles que mais necessitam, priorizando as contingências sociais mais graves.

Ao mesmo tempo, busca-se distribuir os benefícios de forma a atingir o maior número possível de pessoas em situação de vulnerabilidade.

  1. Princípio da Irredutibilidade dos Benefícios

Uma vez que um valor é estabelecido para um benefício, ele não deve ser reduzido nominalmente. A irredutibilidade garante que os segurados não sejam prejudicados por decisões que possam afetar o valor recebido, protegendo sua capacidade de sustento.

  1. Princípio da Diversidade da Base de Financiamento

O Direito Previdenciário reconhece a necessidade de uma base de financiamento diversificada, o que significa que as fontes de receita devem ser variadas para garantir a estabilidade do sistema.

Quais são os principais direitos previdenciários?

Os direitos previdenciários são garantias fundamentais asseguradas aos segurados pela Previdência Social, visando proporcionar proteção e assistência em diversas situações que podem impactar a capacidade de trabalho e a subsistência dos indivíduos.

Mas quais são eles? Certamente, você conhece a maioria, se não todos! 

Aposentadoria

A aposentadoria é um dos direitos mais significativos da Previdência Social, garantindo que o segurado tenha uma renda após deixar de trabalhar.

Existem diferentes modalidades de aposentadoria, como a aposentadoria por idade, por tempo de contribuição ou por incapacidade permanente. 

Auxílio-doença

O auxílio-doença é um benefício pago ao segurado que fica incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos devido a doença ou acidente. Para ter direito a esse benefício, é necessário comprovar a incapacidade através de laudos médicos.

O auxílio-doença pode ser concedido tanto para condições temporárias quanto para situações mais duradouras.

Salário-maternidade

O salário-maternidade é um benefício concedido à segurada que se afasta do trabalho por motivo de maternidade, podendo ser por parto, adoção ou guarda judicial. O benefício é pago durante 120 dias, com a possibilidade de início entre 28 dias antes do parto e a ocorrência deste.

O pai também pode ter direito ao salário-maternidade em caso de falecimento da gestante, recebendo o valor correspondente ao tempo restante.

Pensão por morte

A pensão por morte é um benefício concedido aos dependentes do segurado falecido, seja ele aposentado ou ativo. Os dependentes têm direito a receber uma parcela igual do benefício, garantindo que a família do segurado tenha uma fonte de renda após sua morte.

Os dependentes podem incluir cônjuge, companheiro(a), filhos menores de 21 anos ou inválidos, e em falta destes, os pais.

Auxílio-reclusão

O auxílio-reclusão é destinado aos dependentes do segurado que estiver cumprindo pena em regime fechado e que não estiver recebendo benefícios como aposentadoria ou auxílio-doença.

Salário-família

O salário-família é um benefício mensal concedido ao empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso que possua filhos menores de 14 anos ou incapacitados. O valor do benefício é proporcional ao número de filhos e tem o objetivo de auxiliar nas despesas familiares.

Auxílio-acidente

Este benefício é concedido ao segurado que sofre um acidente de trabalho e apresenta sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho.

O auxílio-acidente é uma forma de compensação pela perda parcial da capacidade laborativa e pode ser acumulado com outros benefícios, como a aposentadoria.

Benefício de Prestação Continuada (BPC)

O BPC é um benefício assistencial, não contributivo, que garante um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não ter meios de prover a própria subsistência. Este benefício não exige contribuição prévia à Previdência Social.

Direito à informação

Os segurados têm o direito de ser informados sobre seus direitos e deveres, bem como sobre os benefícios disponíveis e as condições para sua concessão. A transparência nas informações é fundamental para que os cidadãos possam exercer plenamente seus direitos.

Quais são as principais leis que regulamentam o Direito Previdenciário no Brasil?

O Direito Previdenciário no Brasil é regulamentado por um conjunto de leis que estabelece as normas e diretrizes para a organização da Previdência Social, a concessão de benefícios e a definição das obrigações de segurados e empregadores.

Quais são as principais leis regulamentares dessa área?

Leis previdenciárias

A Constituição Federal é a base do sistema previdenciário brasileiro, uma vez que estabelece os direitos sociais e os princípios que regem a Seguridade Social.

Vários artigos são dedicados à Seguridade Social, definindo os objetivos, a organização e os direitos dos cidadãos em relação à saúde, à previdência e à assistência social.

A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre a organização da Seguridade Social e estabelece a forma de custeio da Previdência Social.

Essa lei define as contribuições sociais, que são essenciais para o financiamento do sistema, e detalha as obrigações dos empregadores e dos segurados.

O Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999 detalha os procedimentos administrativos e operacionais da Previdência Social.

Este decreto é crucial para a implementação das leis previdenciárias, pois estabelece regras específicas sobre a organização do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a concessão de benefícios e a fiscalização das contribuições.

A Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, conhecida como Reforma da Previdência, trouxe mudanças substanciais nas regras de aposentadoria e nos benefícios previdenciários.

Entre as principais alterações, destacam-se o aumento da idade mínima para aposentadoria e a criação de novas fórmulas de cálculo para os benefícios.

A Lei nº 13.135, de 17 de junho de 2015, estabelece regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência e idosos.

Essa lei é fundamental para garantir que indivíduos em situação de vulnerabilidade econômica tenham acesso a um benefício mínimo, independentemente de contribuições anteriores à Previdência Social.

Essas leis e emendas e demais são fundamentais para a estruturação e o funcionamento do sistema previdenciário brasileiro, regulamentando os direitos e deveres dos cidadãos e assegurando a proteção social em diversas situações.

Como a Previdência Social é financiada no Brasil e quais são as principais fontes de receita?

A Previdência Social no Brasil é financiada por meio de um sistema complexo que envolve a contribuição de diferentes atores sociais, incluindo trabalhadores, empregadores e o próprio Estado.

Esse financiamento é fundamental para garantir a sustentabilidade do sistema e a capacidade de atender às demandas por benefícios e serviços.

Os trabalhadores formais, ou seja, aqueles que têm registro em carteira, são obrigados a contribuir para a Previdência Social. Essa contribuição é calculada sobre o salário do trabalhador e é descontada diretamente na folha de pagamento.

A alíquota varia conforme a faixa salarial, sendo progressiva, o que significa que trabalhadores com salários mais altos pagam uma porcentagem maior. Essas contribuições são essenciais para o financiamento dos benefícios previdenciários, como aposentadorias e auxílios.

Os empregadores também têm a obrigação de contribuir para a Previdência Social.

Os segurados especiais, como agricultores familiares e pescadores artesanais, também fazem contribuições à Previdência Social, mas com características específicas.

Eles podem contribuir de forma simplificada, geralmente com uma alíquota menor, refletindo sua condição de trabalho e renda.

Essas contribuições garantem que esses trabalhadores tenham acesso aos benefícios previdenciários, mesmo que sua forma de trabalho não seja formalizada da mesma maneira que os trabalhadores urbanos.

Os trabalhadores autônomos e contribuintes individuais, como profissionais liberais, também podem se filiar ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Eles são responsáveis por efetuar suas contribuições, que são calculadas com base na renda mensal que declaram.

Para esses trabalhadores, as alíquotas são fixas e devem ser pagas mensalmente para garantir o acesso aos benefícios.

Além das contribuições diretas, a Previdência Social também é financiada por meio de impostos e taxas que são destinados ao sistema. Esses impostos são importantes fontes de receita, contribuindo para o custeio da seguridade social como um todo.

Outra fonte de receita para a Previdência Social são as contribuições incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos, como loterias e outros jogos promovidos pelo Estado.

Uma parte dessas receitas é destinada ao financiamento da Seguridade Social, ajudando a complementar os recursos disponíveis. O governo federal também desempenha um papel fundamental no financiamento da Previdência Social. 

É importante mencionar que a sustentabilidade da Previdência Social é constantemente discutida no contexto de reformas.

O que esperar de um advogado especialista em Direito Previdenciário?

Contratar um advogado especialista em Direito Previdenciário é uma decisão importante para garantir que seus direitos relacionados à Previdência Social sejam respeitados e que você receba a orientação adequada em questões complexas.

Mas o que você, enquanto cliente, deve esperar desse profissional?

Um advogado especialista em Direito Previdenciário deve possuir um conhecimento profundo das leis, regulamentos e práticas relacionadas à Previdência Social.

O advogado deve estar sempre atualizado sobre as alterações na legislação e as decisões dos tribunais superiores, garantindo que suas orientações sejam precisas e relevantes.

Ao consultar um advogado especializado, você pode esperar uma avaliação detalhada da sua situação específica. O advogado deve ser capaz de identificar quais direitos você possui e quais benefícios podem ser acessados.

Com base nessa avaliação, ele poderá desenvolver um planejamento estratégico, orientando sobre o melhor caminho a seguir, seja na solicitação de benefícios, seja na defesa de direitos em casos de negativa.

Um aspecto crucial do trabalho de um advogado previdenciário é a assistência na preparação e organização da documentação necessária para a concessão de benefícios.

O advogado deve orientá-lo sobre quais documentos são exigidos, como comprovantes de contribuição, laudos médicos e demais papéis relevantes. Uma documentação bem organizada pode fazer a diferença na aprovação do seu pedido.

O advogado especialista em Direito Previdenciário deve possuir habilidades de negociação, especialmente em casos que podem ser resolvidos sem a necessidade de um processo judicial.

Caso seja necessário levar a questão à Justiça, o advogado será responsável pela representação legal. Um advogado com experiência em litígios previdenciários entende os procedimentos e prazos envolvidos, aumentando suas chances de sucesso.

Além de suas habilidades técnicas, um bom advogado deve demonstrar empatia e compreensão em relação à situação do cliente.

Muitas questões previdenciárias envolvem momentos de vulnerabilidade, e ter um profissional que se preocupa genuinamente com o seu bem-estar pode fazer uma grande diferença.

Um relacionamento de confiança é fundamental, pois o cliente deve se sentir confortável para compartilhar informações pessoais e sensíveis.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário. 

 

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Autor

  • Dra. Rafaela Carvalho

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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