Divórcio extrajudicial com filho menor: como funciona?
Tem filhos e quer saber se pode se divorciar no cartório? Saiba como funciona o divórcio extrajudicial mesmo quando há filho menor envolvido.
O divórcio nunca é simples. Quando há filhos menores, a situação pode parecer ainda mais difÃcil.
No entanto, a lei mudou e hoje é possÃvel fazer o divórcio extrajudicial, diretamente no cartório, mesmo quando você tem um filho menor. Mas isso só funciona em situações especÃficas.
A Resolução 571/2024 do Conselho Nacional de Justiça trouxe regras claras sobre quando o cartório pode lavrar a escritura.
Por isso, entender essas condições é essencial para que você não perca tempo nem enfrente bloqueios inesperados.
Sabemos que questões jurÃdicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
Posso ter divórcio extrajudicial com filho menor?
Sim, você pode, desde que todas as questões envolvendo seu filho já tenham sido resolvidas na Justiça. Isso inclui guarda, pensão alimentÃcia e convivência.
O cartório não decide questões dos menores; ele apenas conclui o divórcio com base no que já foi homologado pelo juiz. Por isso, é indispensável que a decisão judicial esteja completa e atualizada.
A regra antiga dizia que qualquer divórcio com filhos menores precisava ser judicial, mas isso mudou.
Agora, se vocês já passaram pelo processo judicial para regularizar a vida do menor e estão em pleno acordo sobre o divórcio, o cartório pode formalizar tudo.
Essa mudança trouxe mais agilidade e menos desgaste emocional para quem está encerrando o casamento.
Ainda assim, é importante lembrar que o divórcio extrajudicial só é possÃvel quando existe consenso total. Se houver qualquer discordância, a via judicial continua sendo a única alternativa.
Portanto, antes de tudo, você precisa avaliar se realmente existe esse acordo.
Como fazer divórcio extrajudicial com filho menor?
Para fazer o divórcio extrajudicial com filho menor, o primeiro passo é garantir que a guarda, convivência e pensão já tenham sido homologadas judicialmente.
Sem isso, o cartório não pode seguir. Esse é o ponto mais importante do procedimento.
Depois dessa etapa, você e o outro cônjuge precisam estar totalmente de acordo sobre o divórcio, divisão de bens, manutenção ou alteração de nome e demais decisões.
Com tudo resolvido, basta reunir os documentos e escolher um cartório de notas. A presença de advogado é obrigatória, seja para vocês dois ou para cada um separadamente.
Por fim, o tabelião confere os documentos, confirma a vontade das partes e prepara a escritura pública. Você pode fazer esse procedimento presencialmente ou por videoconferência, dependendo do cartório.
Após a assinatura, é só levar a escritura ao cartório de registro civil para averbar o divórcio.
Documentos para divórcio extrajudicial com filhos
Para realizar um divórcio em cartório quando há filhos menores, você deve apresentar alguns documentos essenciais. Confira:
|           Documento |           Observação |
|---|---|
|           Certidão de casamento atualizada |           Necessária para averbar o divórcio. |
|           Documentos pessoais dos cônjuges |           Usados para identificação no cartório. |
| Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Documentos dos filhos menores | Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Comprovam identidade dos filhos. |
|           Decisão judicial sobre guarda e pensão |           Exigência para permitir o divórcio extrajudicial. |
|           Documentos dos bens (se houver) |           Necessários para formalizar a partilha. |
| Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pacto antenupcial (se existir) | Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Define o regime de bens adotado. |
|           Procuração pública (se necessário) |           Permite representação no ato. |
Se uma das partes não puder comparecer pessoalmente, é possÃvel usar procuração pública com poderes especÃficos para o divórcio. Com tudo isso organizado, o processo fica muito mais rápido.
Há riscos no divórcio extrajudicial com filho menor?
Apesar de ser uma opção mais rápida, existem riscos que precisam ser considerados.
O principal é que o cartório não avalia o interesse da criança no momento do divórcio. Ele apenas formaliza o fim do casamento.
Por isso, se a decisão judicial sobre guarda e pensão estiver incompleta ou desatualizada, podem surgir conflitos no futuro.
Outro risco é que o divórcio extrajudicial exige consenso absoluto. Às vezes, uma das partes aceita condições desfavoráveis apenas para encerrar o processo rapidamente.
Em situações envolvendo filhos, isso pode trazer consequências importantes. Por isso, é fundamental analisar cuidadosamente cada decisão.
Além disso, qualquer dúvida sobre coação, violência, desequilÃbrio emocional ou prejuÃzo ao menor pode levar o tabelião a recusar a escritura.
Assim, nem sempre esse caminho é adequado. Em muitas situações, a via judicial é mais segura e oferece maior proteção aos direitos da criança.
Quanto custa o divórcio extrajudicial com filho menor?
O custo varia de acordo com o estado e o cartório. De forma geral, o valor da escritura costuma ficar entre algumas centenas de reais e cerca de R$ 1.500 quando não há partilha complexa.
Essa é a base que você pode considerar para começar a planejar o procedimento.
Havendo bens, o valor pode aumentar, especialmente quando há imóveis. Nesses casos, podem surgir custos adicionais com registros, averbações e eventuais impostos.
É importante verificar com o cartório para não ser surpreendido com despesas extras no final.
Além disso, como a presença de advogado é obrigatória, você também precisa considerar os honorários profissionais.
Eles variam de acordo com a complexidade do divórcio, mas fazem parte do processo. Mesmo assim, o divórcio extrajudicial costuma ser mais econômico que o judicial.
O que pode impedir o divórcio extrajudicial com filhos?
Alguns fatores impedem totalmente o divórcio extrajudicial. O principal é a falta da decisão judicial que regulamenta a vida dos filhos.
Sem ela, o cartório não pode lavrar a escritura. Outro impeditivo comum é a falta de consenso entre vocês. Qualquer discordância, por menor que seja, obriga o divórcio a seguir pela via judicial.
Também podem impedir o processo situações de violência, coação, dúvidas sobre a vontade das partes ou risco ao menor.
Nesse caso, o tabelião deve encaminhar o casal à Justiça. Além disso, documentos incompletos ou inconsistentes podem atrasar ou impedir o procedimento.
Por fim, a ausência de advogado é outro bloqueio. A lei exige que pelo menos um advogado participe do ato para garantir orientação adequada.
Assim, mesmo sendo um procedimento mais rápido, ele precisa ser feito com responsabilidade e com suporte jurÃdico apropriado.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise especÃfica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurÃdico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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