10 principais direitos de família: Saiba quais são!
Questões familiares podem ser complexas, mas a lei traz soluções. Descubra quais são os principais direitos de família que você precisa conhecer.
Todos nós, em algum momento, já ouvimos histórias de disputas familiares, separações ou desafios na criação dos filhos.
Essas situações podem parecer complicadas e, às vezes, confusas, especialmente quando envolvem questões legais.
A verdade é que, por trás de cada uma dessas situações, existem leis que foram criadas para garantir a proteção e o bem-estar de todos os membros de uma família.
Seja no casamento, na criação dos filhos ou até mesmo na divisão de bens após uma separação, o direito de família está presente para trazer clareza e justiça.
Compreender esses direitos é fundamental para evitar conflitos desnecessários e garantir que todos tenham acesso ao que lhes é de direito.
Afinal, proteger nossa família é uma prioridade, e a lei está aí para ajudar nesse processo.
Neste artigo, vamos explorar de forma simples e direta os principais direitos de família, mostrando como a legislação pode auxiliar em diferentes situações familiares.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7.
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- 1. Direito ao casamento e união estável
- 2. Direito ao divórcio
- 3. Direito à guarda e convivência familiar
- 4. Direito à pensão alimentícia
- 5. Direito ao reconhecimento de filiação
- 6. Direito à adoção
- 7. Direito ao planejamento familiar
- 8. Direito à proteção contra a violência familiar
- 9. Direito à sucessão familiar
- 10. Direito à convivência familiar da criança e do adolescente
- Perguntas frequentes sobre os direitos da família:
- Um recado final para você!
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1. Direito ao casamento e união estável
No Brasil, tanto o casamento quanto a união estável são formas reconhecidas de constituição de uma família.
O casamento civil é a união oficial entre duas pessoas, regulado pelo Código Civil, e que confere aos cônjuges direitos e deveres.
Você tem a liberdade de escolher seu parceiro e oficializar essa união, garantindo os direitos de ambos.
Já a união estável é caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituir família, mesmo sem o registro formal do casamento.
Os direitos e deveres de quem vive em união estável são praticamente os mesmos dos casados, incluindo divisão de bens e pensão alimentícia em caso de separação.
2. Direito ao divórcio
O divórcio é o processo legal que coloca um fim ao casamento civil e pode ser feito de maneira consensual (quando há acordo entre as partes) ou litigiosa (quando há conflitos, como sobre a divisão de bens ou guarda dos filhos).
Você tem o direito de pedir o divórcio a qualquer momento, sem precisar justificar a causa.
Com a Emenda Constitucional nº 66/2010, o divórcio no Brasil se tornou mais simples, não sendo mais necessário esperar prazos de separação para dissolver o casamento.
Ambos os cônjuges têm direitos iguais, seja na divisão dos bens ou em outras questões como guarda de filhos e pensão.
3. Direito à guarda e convivência familiar
Quando o casamento ou união estável chega ao fim e há filhos envolvidos, surge a questão da guarda e convivência. A guarda pode ser compartilhada ou unilateral.
Na guarda compartilhada, ambos os pais têm o direito de participar igualmente da criação dos filhos, enquanto na guarda unilateral, apenas um dos pais assume a responsabilidade principal, mas o outro mantém o direito de visita.
O objetivo da guarda compartilhada é sempre o bem-estar da criança, garantindo que ela mantenha a convivência com ambos os pais.
Você tem o direito de solicitar a guarda compartilhada ou, caso não seja possível, a guarda unilateral com o direito de visitação.
4. Direito à pensão alimentícia
A pensão alimentícia é um direito que visa garantir o sustento de pessoas que, por alguma razão, não podem prover sua própria subsistência, como filhos menores, ex-cônjuges ou até mesmo pais idosos.
Você pode pedir a pensão alimentícia para filhos menores de idade ou outros dependentes, e o valor será estabelecido de acordo com a necessidade do beneficiário e a capacidade financeira de quem paga.
A pensão não cobre apenas alimentação, mas também saúde, educação e outras necessidades básicas.
Se o pai ou a mãe que deve pagar a pensão não cumprir com sua obrigação, medidas legais podem ser tomadas, inclusive a prisão civil do devedor.
5. Direito ao reconhecimento de filiação
Todo filho tem o direito de ter o nome de seu pai e mãe em seu registro de nascimento, mesmo que os pais não sejam casados ou vivam juntos.
Você tem o direito de pedir judicialmente o reconhecimento de paternidade ou maternidade caso o pai ou a mãe não reconheçam o filho de forma voluntária.
O reconhecimento de filiação é essencial para garantir os direitos do filho, como a pensão alimentícia, a herança e o convívio familiar.
Caso haja dúvidas sobre a paternidade, pode ser solicitado o exame de DNA.
6. Direito à adoção
A adoção é um processo legal que concede todos os direitos e deveres de um filho biológico a uma criança ou adolescente adotado.
Você pode adotar uma criança ou adolescente desde que atenda aos requisitos legais, como ter mais de 18 anos e ser pelo menos 16 anos mais velho que o adotado.
A adoção é um ato que visa sempre o bem-estar do adotado, e, por isso, há um processo rigoroso para garantir que a criança ou adolescente seja inserido em um ambiente familiar saudável.
A partir da adoção, todos os laços jurídicos com a família biológica são rompidos, e o adotado passa a ter todos os direitos de um filho legítimo.
7. Direito ao planejamento familiar
O planejamento familiar é um direito garantido pela Constituição Federal e pela Lei 9.263/1996.
Ele assegura a você e ao seu parceiro ou parceira o direito de decidir quantos filhos desejam ter e quando, além de garantir o acesso a métodos contraceptivos.
Você tem o direito de fazer escolhas sobre a sua vida reprodutiva, com apoio do sistema de saúde pública, que deve oferecer acesso a esses métodos.
Esse direito também inclui o acesso a tratamentos de fertilidade para quem deseja ter filhos, mas enfrenta dificuldades.
A saúde pública deve fornecer orientação e apoio para que as decisões sejam tomadas de forma consciente.
8. Direito à proteção contra a violência familiar
A violência doméstica é uma realidade para muitas famílias, mas a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) trouxe uma série de proteções legais para vítimas de violência familiar, sejam elas físicas, psicológicas, sexuais ou patrimoniais.
Você tem o direito de ser protegido contra qualquer tipo de violência dentro de sua casa e de receber apoio legal e psicológico.
As vítimas de violência doméstica podem solicitar medidas protetivas, como o afastamento do agressor do lar, restrições de contato e proteção policial.
Além disso, existem políticas públicas de apoio, como abrigos e atendimento psicológico especializado.
9. Direito à sucessão familiar
O direito sucessório assegura que, após a morte de um familiar, seus bens sejam distribuídos entre os herdeiros de acordo com a legislação vigente.
Você tem o direito de herdar bens e patrimônios de seus pais, cônjuges ou companheiros falecidos, conforme a ordem de sucessão estabelecida pelo Código Civil.
Os herdeiros necessários (filhos, cônjuges e pais) têm prioridade na divisão dos bens, e o testamento pode ser utilizado para distribuir até 50% do patrimônio de forma livre.
O processo de inventário é obrigatório para que os bens sejam formalmente transferidos.
10. Direito à convivência familiar da criança e do adolescente
Toda criança e adolescente tem o direito fundamental de ser criado e educado em um ambiente familiar que favoreça seu desenvolvimento.
Você tem o direito de garantir que seus filhos cresçam em um ambiente saudável, com o apoio e a proteção de toda a família, mesmo em casos de adoção ou guarda.
Esse direito abrange tanto o convívio com a família biológica quanto com famílias substitutas, e tem como objetivo sempre o melhor interesse da criança.
Em casos de adoção ou acolhimento, a prioridade é que a criança ou adolescente não seja separado de sua família, salvo em situações de risco.
Perguntas frequentes sobre os direitos da família:
Quais são os direitos da família?
Os direitos da família são garantidos pela Constituição Federal e pelo Código Civil, e incluem uma série de proteções e deveres que asseguram a dignidade, o respeito e a proteção de seus membros.
Esses direitos envolvem:
- Direito ao casamento e à união estável;
- Direito ao divórcio e à dissolução de união estável;
- Direito à guarda e convivência familiar dos filhos;
- Direito à pensão alimentícia;
- Direito à adoção;
- Direito à proteção contra a violência doméstica;
- Direito sucessório (herança);
- Direito ao planejamento familiar.
Esses direitos visam proteger a integridade e o bem-estar de todos os membros da família.
O que a Lei fala sobre a família?
A Constituição Federal de 1988, no artigo 226, estabelece que “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”.
Isso significa que o Estado deve garantir que as relações familiares sejam protegidas e regulamentadas de forma justa e equitativa, respeitando o direito de cada membro da família.
A Constituição e o Código Civil asseguram que todos tenham direitos iguais no casamento, nas uniões estáveis, e nas relações familiares, promovendo a dignidade, o respeito e a igualdade entre os membros da família.
Qual artigo começa o direito de família?
O Direito de Família começa a ser regulamentado no artigo 1.511 do Código Civil Brasileiro.
Esse artigo trata das regras e princípios que regulamentam as relações familiares, como casamento, divórcio, guarda dos filhos, pensão alimentícia, e direitos e deveres entre parentes.
Quais são os valores e princípios da família?
Os principais valores e princípios do Direito de Família incluem:
Princípio da dignidade da pessoa humana: Todos os membros da família devem ser tratados com dignidade e respeito.
Princípio da igualdade entre cônjuges e companheiros: Tanto homens quanto mulheres têm os mesmos direitos e deveres no casamento e na união estável.
Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente: Sempre que há uma decisão envolvendo menores de idade, o que mais importa é o bem-estar deles.
Princípio da solidariedade familiar: Membros da família devem se apoiar mutuamente, tanto material quanto emocionalmente.
Princípio da afetividade: As relações familiares são baseadas no afeto, mais do que em laços formais ou biológicos.
Quais são as ações de direito de família?
As principais ações de direito de família envolvem:
- Ação de divórcio (consensual ou litigioso);
- Ação de guarda e regulamentação de convivência;
- Ação de alimentos (pensão alimentícia);
- Ação de reconhecimento ou contestação de paternidade;
- Ação de adoção;
- Ação de interdição (para proteger pessoas que não têm capacidade de tomar decisões por si mesmas);
- Ação de partilha de bens (após divórcio ou separação).
Qual é o dever da família?
A família tem o dever de proporcionar amor, proteção, educação e sustento aos seus membros.
De acordo com a Constituição Federal e o Código Civil, a família deve garantir o bem-estar, o desenvolvimento e a segurança de seus membros, especialmente os menores de idade e aqueles que dependem de cuidados, como os idosos.
Além disso, é dever da família promover o respeito, a dignidade e a convivência harmoniosa entre seus membros, garantindo que todos recebam apoio emocional e material.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema 10 principais direitos de família pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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